22 de jun. de 2015

Cansados de Pesquisas...

• Virada Cultural termina com menos violência do que em 2014. 
• Empresa de ônibus do Rio tem 90% dos ônibus sem condições de circular. 
• Doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa serão colocados frente a frente em um interrogatório nesta segunda-feira, para esclarecer as discrepâncias entre os depoimentos dos dois sobre o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci. 
• PT e PMDB divergem sobre convocar chefão Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo na CPI da Petrobras. 
• Após prisão de presidente, empresa optou pelo enfrentamento e divulgou um manifesto pago, em jornais, questionando os fatos usados pelo juiz Sergio Moro na ação da Lava Jato; em trecho, companhia afirma que, no e-mail endereçado à Odebrecht, a palavra sobrepreço refere-se ao lucro sobre o valor de cada sonda que estava sendo negociada com a Sete Brasil, e não a superfaturamento; em pedido de habeas corpus dos diretores, apresentado neste domingo, a defesa da Odebrecht também alega constrangimento ilegal, prisão baseada apenas nas palavras de um delator pródigo em mentiras, Alberto Youssef, e equívocos cometidos por parte de Moro na análise de documentos essenciais
• CBF desiste de recorrer da punição e Neymar deixou o Chile. Presidente da Câmara de apelação da Conmebol não estaria disposto a diminuir pena do jogador. 
• BC Europeu libera 1,75 bi de euros para socorrer bancos gregos. credores consideram novas propostas boa base de negociação. Grécia apresenta proposta para tentar acordo. País deve 1,6 bilhão de euros ao FMI. Milhares de pessoas participaram de um protesto em Atenas neste domingo em apoio ao governo de esquerda e contra as medidas de austeridade fiscal. Parte do que torna tão difícil a negociação entre a Grécia e seus credores envolve o detalhamento dos cortes de gastos e as reformas econômicas defendidas pelos governos da zona do euro e do FMI. Todo o resto do imbróglio se deve à guerra monumental de expectativas sobre o escopo do que pode ser acordado até o dia 30 de junho, quando vence o prazo para a Grécia devolver 1,6 bilhão de euros (R$ 5,6 bilhões) de um empréstimo tomado junto ao FMI.
Lula, o homem chamado Brahma
. Ou: A coisa tá feia para o seu lado, falastrão! Prestem atenção ao trecho de um texto: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca escondeu sua inclinação por um copo de cerveja, uma dose de uísque ou, melhor ainda, um copinho de cachaça, o potente destilado brasileiro feito de cana-de-açúcar. Mas alguns de seus conterrâneos começam a se perguntar se sua preferência por bebidas fortes não está afetando sua performance no cargo. Nos últimos meses, o governo esquerdista de Da Silva tem sido assaltado por uma crise depois da outra, de escândalos de corrupção ao fracasso de programas sociais cruciais.
. Esse é começo de um texto escrito em maio de 2004 por Larry Rother, então correspondente do jornal americano The New York Times no Brasil. A reação de Lula foi violenta. Tentou, acreditem, expulsar Rother do país, ao arrepio da Constituição, sob o pretexto ridículo de que a pátria havia sido ofendida e de que o jornalista havia se imiscuído em assuntos nacionais. Qual assunto nacional? A, digamos, intimidade entre Lula e o álcool?
. Pois é… Reportagem da revista VEJA desta semana informa que a Polícia Federal dispõe de mensagens trocadas entre empreiteiros em que Lula, na condição de presidente ou de ex-presidente, era chamado por um apelido: Brahma, numa alusão, certamente, a seus hábitos. A metonímia-metáfora nem chega a ser a melhor. Lula não dispensa uma cerveja, mas é conhecida a sua inclinação por uísque desde o tempo em que presidia o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo.
. Enquanto a companheirada enfrentava a polícia, perdia o emprego e corria alguns perigos, o máximo de risco a que se submetia o chefão era se embebedar na sede da Fiesp, em animadas conversas com os empresários do então Grupo 14. Um deles, remanescente daquele turma, já me disse que, por lá, o Babalorixá de Banânia nunca foi visto como líder esquerdista. A avaliação que os empresários tinham é a de que ele queria se dar bem e faria qualquer coisa para chegar ao poder.
. Pois é… É claro que Lula ser chamado de Brahma pelos empreiteiros - e importaria pouco se fosse bebum, beberrão, bêbado, pau d’água, cachaceiro, ébrio, borracho - tem menos importância do que aquilo que revelam as mensagens que vêm a público. Fica evidente que, na Presidência da República ou não, sóbrio ou não, ele se comportava como um mero lobista.
. Em outubro de 2012, Léo Pinheiro, presidente da empreiteira OAS, relata a um executivo seu: Estive essa semana com o Brahma. Contou-me que quem esteve com ele aqui foi o presidente da Guiné Equatorial, pedindo-lhe apoio sobre o problema do filho. Falou também que estava indo com a Camargo para Moçambique X Hidrelétrica X África do Sul.
. Nota: a Guiné Equatorial, hoje um importante produtor de petróleo, é uma das ditaduras mais sanguinárias no mundo. Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, o amigão de Lula, governa o país desde 1982 - há 33 anos, portanto. É considerado pela Forbes o oitavo governante mais rico do mundo, embora o país esteja entre os últimos no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). O tal filho, que vai herdar o trono, é um bandido chamado Teodorin. É aquele que financiou o desfile da Beija-Flor neste ano.
. Aí é a vez de um executivo da OAS escrever a Léo Pinheiro: Colocamos o avião à disposição do Lula para sair amanhã ao meio-dia. Seria bom checar com o Paulo Okamotto se é conveniente irmos no mesmo avião. Como se nota, os empreiteiros tinham a noção da, digamos, inconveniência.
. O Brahma alimentava também os sonhos sebastianistas dos companheiros empreiteiros. Em dezembro de 2012, escreve um executivo da OAS: O clima não está bom para o governo. O modelo dá sinais de esgotamento, e o estilo da número um tem boa parte da culpa. Em novembro de 2013, voltava à carga: A agenda nem de longe produz os efeitos das anteriores do governo Brahma. Referindo-se a Dilma, na comparação com Lula, analisa o executivo da OAS: A senhora não leva jeito: discurso fraco, confuso, desarticulado, falta de carisma. Bem, essa parte é mesmo verdade. Ocorre que o propósito não era bom. Eles queriam a volta de Lula.
. Presidentes ou primeiros-ministros podem fazer lobby, digamos, político em favor das empresas do seu país? Podem e até devem. O governo americano pressionou para que o Brasil comprasse os caças da Boeing; o francês, para que fosse da Dassault, e o sueco, da Gripen. Mas nenhuma dessas empresas foi flagrada em relações incestuosas com o partido do governo ou com o chefe do Executivo. Não reformaram o sítio do mandatário, não lhe pagaram milhões para dar palestras, não o transformaram em mascate de seus interesses, não lhe construíram um tríplex - para ficar nas miudezas.
. A política brasileira nunca foi algo a ser copiado pelo resto do mundo. Mas parece claro, a esta altura, que Lula e o PT a conduziram a um novo patamar do vexame.
. Há uma grande diferença entre promover os interesses nacionais dando suporte claro e legal a empresas nativas no exterior e se comportar como um lobista vulgar. Há uma diferença entre um empresário chamar o chefe do Executivo de Excelência e de Brahma. E a cerveja, coitada, nem tem nada com Isso. Dizem-me os apreciadores que é de ótima qualidade. E, definitivamente, esse não é o caso de Lula. Se cerveja fosse, eu não a recomendaria para consumo humano.
. A coisa tá para feia para o seu lado, falastrão! (Reinaldo Azevedo)

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