9 de abr. de 2015

O rodízio pelo partido...

Quem só se comunica também se trumbica 
. Quem é que o padim Lula de Caetés pensa que engana com essa lorota de que a enorme crise que tornou sua afilhada Dilma Rousseff uma pata manca no Palácio do Planalto se deve à desarticulação política de Aloizio Oliva, que usa o sobrenome da mãe, Mercadante, para ninguém se tocar de que o pai era figurinha carimbada na ditadura militar? 
. Ao completar seu terceiro mês de mandato um dia depois de o golpe de 1964 ter completado 51 anos, a escolhida dele empatou com José Sarney, recordista absoluto de impopularidade desde 1989, com 64% de respostas ruim ou péssimo à pergunta do Ibope sobre o desempenho de seu governo.
. Com uma má notícia por dia, alternando recordes negativos na economia com revelações de novas gatunagens ou anúncios de medidas impopulares para tentar corrigir o incorrigível, ninguém precisa ter um sexto sentido premonitório para prever que não demora muito para ela sair de lanterna em punho pelos desvãos e porões palacianos onde tenta se esconder da plebe. E enquanto a pesquisa não revela o novo retrato, Sarney virou arroz de cuxá nos bailes do Planalto Fiscal. 
. Aí padim tirou do baú seu sermão de profeta da barcaça que afunda ao peso dos ratos do porão. Segundo a colega Vera Rosa, Sua ex-Excelência intensificou a pressão sobre a pupila para ela modificar a desarticulação política do governo, concentrando fogo no filho do general: Mercadante vive falando de rating pra cá, rating pra lá. Que rating, que nada! A crise é política e o governo tem que resgatar a confiança. O resto vem naturalmente.
. Resto de quê, cara hirsuta? 
. Lula tem motivos para não gostar do Mazarino do cerrado. Pois foi surrado por Fernando Henrique no primeiro turno da eleição presidencial de 1994 após ter levado em conta a falácia dele de que o Plano Real seria estelionato eleitoral. E depois chamou de aloprados seus asseclas que falsificaram dossiê contra José Serra na disputa da eleição estadual paulista de 2006. Mas essa é uma questão dele e Dilma não abre mão do direito de errar. 
. Na última pesquisa Datafolha, em que a avaliação de bom ou ótimo do governo federal desceu a cabalísticos 13%, o Congresso Nacional foi lembrado positivamente por apenas 9%. Devoto praticante da verdade pela metade, a mais enganadora das formas da mentira, o demiurgo do ABC só olhou para um lado da questão. Sim, é verdade que a relação da presidente com o Congresso é péssima, como atesta pesquisa da consultoria política Arko Advice, que ouviu 102 deputados federais de 22 partidos e constatou que 61% deles avaliam como ruim ou péssimo o convívio do Legislativo com o Executivo. Mas a verdade completa é que somente melhorar tal relação em nada tornará a comandanta mais popular. 
. De um lado, porque a imagem de deputados e senadores está ainda mais emporcalhada que a dela. De outro, porque as boas relações entre esses dois Poderes dependem muito menos de qualidades que Oliva não ostenta do que da gana dos parlamentares por um butim palaciano cada vez mais escasso nestes idos de vacas magras.
. O convívio entre os dois lados da Praça dos Três Poderes só vai melhorar quando houver mais verbas e cargos a distribuir. Se houvesse, nenhum congressista se melindraria com o chefe da Casa Civil lhe fazendo ouvidos de Mercadante nem com o estilo deixa que eu cuspo da chefona irritadiça. 
. O PMDB desconfia da irrelevância de articulação política para salvar o que resta deste desgoverno. Por isso Eliseu Padilha recusou o lugar de Pepe Nada Legal Vargas no palácio. Embora tudo leve a crer que ele se arrastará Ladeira do Pelourinho abaixo até o canto do cisne de 2018.
. Seu desprestígio crescente não resulta da falta de saliva em corredor, mas da sobra de material orgânico à tona sempre que se levanta algum tapete ou capacho. As obras não iniciadas ou atrasadas em 57% da rede de saneamento básico no Brasil passaram a ser a metáfora pronta ao alcance do nariz. 
. Na verdade, Dilma mentiu tanto que nem seu espírito santo de orelha, João Patinhas Santana do Bendegó, será mais capaz de resgatar alguma verdade que ela tenha dito por acaso e dela criar uma peça publicitária para ressuscitá-la neste pós-Páscoa. 
. Tudo depõe contra isso: da delação premiada de Paulinho de Lula às fotografias em que ela foi flagrada ao lado do cão de guarda do Partido dos Trabalhadores na Petrobrás, Renato Duque. Na imagem que esboroa a olhos nus, os restos de verniz de sua honestidade pessoal, que evitam um processo de impeachment, são apagados por pegadas de sua protegida Erenice Guerra no cofre da Viúva. 
. Sob o manto protetor de Dilma, Erenice, esse embrião de Graciosa Foster no Ministério de Minas e Energia e na Casa Civil, para a qual - suprema infâmia contra a Pátria - ela a indicou, prosperou à sombra do ancestral benefício da dúvida. A Operação Zelotes ameaça revelar a explicação para a ascensão social que moveu a fiel factótum de uma cidade-satélite para as margens do Paranoá. 
. Como sabe disso tudo e de muito mais, Lula não acredita nas próprias bazófias de intriga florentina contra o filho do general. Logo ele, que vendeu à Nação a suprema inverdade da gerentona que entrará para a História como o pior presidente da República! 
. E que agora recorre ao velho truque de continuar enganando para não se enganar nem ser enganado. Não o faz por burrice, pois inteligência tem de sobra, ou alienação, por mais soberba que exiba e arrote. Mas, sim, porque não têm saída. Só lhes resta apostar na sorte, essa deusa caprichosa e cega, que sempre esbanjaram.
. Lula não confia em Dilma, mas na própria capacidade de evitar que ela repita a saga do Pedro da lenda infantil, devorado pelo lobo diante da omissão da aldeia que, após ouvir muitos pedidos de socorro mentirosos, não lhe acudiu. 
. Lula conta com a mágica de Goebbels, que fabricava verdades de mentiras somadas. É que Chacrinha disse: Quem não se comunica se trumbica. Mas não contou que quem só comunica também se trumbica. (José Nêumanne)
A marcha de 12 de abril. 
Textos assinados por pensadores do pensar+.
. Conforme informei ontem, os editoriais do Ponto Crítico desta semana, com textos voltados para as manifestações do dia 12/4, em todo o país, levam a assinatura de pensadores que integram o Pensar+.
. Assim, o texto que publico hoje é assinado pelo pensador Roberto Rachewsky. Eis: 
. A marcha do dia 12 de Abril será mais uma tentativa de entregar, ao Congresso Nacional, a mensagem subscrita pela população brasileira que se encontra insatisfeita com: 
1 - o grau de corrupção; 
2 - o autoritarismo; e 
3 - a incapacidade gerencial do governo; com o pedido de Impeachment da presidente Dilma. Literalmente impedidos - Entretanto, vale lembrar que quem realmente tem sofrido o Impeachment, diariamente, é o cidadão brasileiro de bem.
. Se bem pensado fica claro e evidente que nós, brasileiros, estamos literalmente impedidos de viver nossas vidas como poderíamos e gostaríamos, com plenitude e com toda potencialidade que o ser humano pode alcançar. Como, por exemplo:
Exemplos
1 - Não é possível viver num país onde a bandidagem corre livre, leve e solta, seja nas ruas ou seja nos gabinetes governamentais.
2 - Não temos segurança ao sairmos de casa pela manhã, de que voltaremos vivos à noite. Nem mesmo permanecendo em casa, nossa integridade está assegurada.
3 - Não temos segurança jurídica para sabermos que ninguém usará a força da lei para transformá-la em lei da força, cerceando nossa liberdade sem razão objetiva, confiscando nossa propriedade injustificadamente, mesmo tendo sido obtida por meios legítimos. 
Foras-da-lei
O emaranhado de leis, decretos, medidas provisórias, normas e o próprio sistema legal, controverso, surreal, subjetivo e draconiano, nos transforma em foras-da-lei apenas por existirmos, com agravante se criarmos, produzirmos, comerciarmos ou consumirmos, como entendemos ser do nosso interesse, mesmo sem violarmos o direito de ninguém.
Não é revide 
. Portanto, o impeachment que a população brasileira, que pretende viver de forma racional, honesta, produtiva e independente deseja, não é um mero revide.
. É, isto sim, uma legítima manifestação de quem anseia alcançar a liberdade, condição indispensável para se criar valor e riqueza para si e para os outros, meios insubstituíveis para conquistar a felicidade de forma consistente, duradoura, genuína e legítima, com base na cooperação, na justiça e no mérito. Mensagem - Está mais do que na hora de impormos o impeachment aos que usam a força e a violência para alcançar seus objetivos.
. No dia 12 de Abril, domingo próximo, a mensagem será esta: Que se levante o impeachment contra os cidadãos de bem e se instaure, implacavelmente, aos verdadeiros agentes do mal. (Gilberto Simões Pires) 

. Os governos do Brasil, Argentina e Venezuela, entre outros que dançavam ciranda-cirandinha com Cuba no Foro de São Paulo, devem estar atônitos.
. Toda essa turma dos partidos de esquerda da América Latina formou seus quadros e suas milícias com corações e mentes seduzidos pelo lero-lero de Fidel Castro. Cuba, mais que o modelo, era a inspiração. Era o ponto final da peregrinação. Era Roma, Santiago de Compostela, Jerusalém, Meca das esquerdas ibero-americanas.
. Por ali foram e por seus fundamentos andaram os governos de Chávez, Maduro, Kirchners, Evo Morales, Rafael Correa, Lula, Dilma e muitos outros. Depois de uma década, há mais burros n’água do que fora d’água. Aqui na nossa volta, onde a gente acompanha melhor, os três países mencionados acima, os mais ruidosos e ativos no neocomunismo, estão com as respectivas economias aos pandarecos e os governos com o prestígio no chão. Exatamente como Cuba, há mais de meio século, para quem a conhece.
. Imagino, então, a surpresa de todos ao verem que os negócios daquela ilha pertencente à firma Castro&Castro Cia. Ltda. passam a ser feitos com o Império, com os ianques, com o grande satã do Norte, sob cujo guarda-chuva passaram a se abrigar os proprietários de Cuba. A imagem da charge acima é simplesmente brilhante! (Percival Puggina) 

O velhinho judeu 
. Uma jornalista da CNN ouviu falar de um judeu muito velhinho que ia todo dia ao Muro das Lamentações para rezar, duas vezes por dia, e lá ficava por muito tempo. Decidiu verificar. Foi para o Muro e lá estava ele, andando trôpego, em direção ao local sagrado. Observou-o rezando por uns 45 minutos, quando ele resolveu sair, vagarosamente, apoiado em sua bengala.Aproximou-se para a entrevista.
- Desculpe-me, senhor, sou Rebecca Smith, da CNN. Qual o seu nome?
- Morris Feldman - respondeu ele.
- Senhor, há quanto tempo o senhor vem ao Muro orar?
- Bem, há uns 60 anos.
 - 60 anos! Isso é incrível! O que o senhor pede? 
- Peço que os cristãos, os judeus e os muçulmanos vivam em paz. Peço que todas as guerras e todo o ódio terminem. Peço que as crianças cresçam em segurança e se tornem adultos responsáveis. Peço por amor entre os homens. 
- E como o senhor se sente, pedindo isso por 60 anos? 
- Me sinto como se estivesse falando com uma parede… (AD)

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