31 de mar. de 2015

País “sui generis”...

• Na Semana Santa, Levy terá seu dia D no Senado: Ministro da Fazenda será questionado por senadores da oposição e da base por pacote de ajuste fiscal, que desagrada a trabalhadores, empresários, governadores e prefeitos, e por declaração sobre de Dilma. Congresso ameaça derrubar medidas: Pacto federativo movimenta pauta do Senado: Expectativa é sobre ida do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, à Comissão de Assuntos Econômicos. Além de projeto que acelera adoção de novo indexador de dívidas com a União, senadores podem votar proposta que convalida incentivos fiscais. Levy diz não ter criticado Dilma ao falar em falta de efetividade: Ministro da Fazenda afirma que foi mal-interpretado ao declarar que, embora bem-intencionada, presidenta nem sempre faz as coisas da maneira mais simples e eficaz. 

• PF investiga bancos e grandes empresas na Operação Zelotes: Bradesco, Santander, Safra, Ford, Gerdau, Petrobras e Camargo Corrêa aparecem entre os grandes grupos sob investigação da Polícia Federal, informa o Estadão. Cerveró também é investigado, diz jornal. 

• Apesar de crise, Petrobras quer aumento de 13% para diretores. Estatal vende US$ 101 mi em ativos. 

• Reforma política? Que tal começar pelo fim dos políticos profissionais?: Reforma política deve impedir que um político fique praticamente dono de sua cadeira no Legislativo ou no Executivo, criando mandatos praticamente vitalícios. Afinal de contas, mandato não é ofício e muito menos uma espécie de cargo hereditário

• Novo ministro da Educação quer que Dilma pare de governar pela braveza: Em entrevista e artigos publicados recentemente, Renato Janine Ribeiro disse que a maioria do ministério é fraca e que se sentiu enganado, como eleitor de Dilma, por ela não ter cumprido a promessa de dialogar e delegar mais. 

• Lava Jato: 40% das doações de PT, PSDB e PMDB vieram de investigadas. Segundo levantamento do jornal O Estado de São Paulo, empreiteiras sob investigação foram responsáveis em média por 40% das doações privadas recebidas pelos três principais partidos. Foram repassados aos respectivos diretórios nacionais R$ 557 milhões entre 2007 e 2013. 

• Folha: de cada dez aliados, três votam contra Dilma. Levantamento do jornal mostra que, dos 346 deputados de partidos aliados, apenas 246 têm votado com o Planalto na Câmara em 2015. Governo acumulou sucessivas derrotas na Casa desde a eleição de Eduardo Cunha. 

• Doria, que promove encontros entre empresários e ministros, prega golpe: Presidente do Lide, grupo de Líderes Empresariais, fala em cirurgia rápida para tirar Dilma Rousseff do poder antes que seja tarde; O ciclo do lulopetismo se exauriu e a presidente da República isolou-se da esfera política, administrando o país sem ouvir a sociedade, diz; em 2007, João Doria Jr. foi um dos líderes do movimento Cansei, apontado pela OAB como o golpismo paulista

• Apesar de trocas no governo, PMDB age para sangrar Dilma. Partido aliado passou a investir em pautas da oposição como forma de desgastar a presidente e o PT no Congresso. 

• Ajufe vai encaminhar plano moro ao Congresso: Texto proposto pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) reduz o uso dos recursos de defesa como forma de impedir a prisão de condenados sentenciados por crimes graves - hediondo e de colarinho branco, em primeira instância; criticado por advogados por manter presos, de forma preventiva, os alvos da operação Lava Jato há mais de 120 dias, juiz Sérgio Moro defendeu a alteração nas leis. 

• Um dos líderes do MBL (Movimento Brasil Livre), Fernando Silva, disse em um debate promovido pela Folha de S. Paulo e pelo Uol nesta segunda-feira (30) que a presidente Dilma Rousseff (PT) já não comanda mais o Brasil e que ela se tornou uma espécie de Rainha da Inglaterra no Palácio do Planalto. Quem governa o país hoje é o Eduardo Cunha e o Renan Calheiros. Ela [Dilma] é uma espécie de rainha da Inglaterra, disse. O MBL defende o impeachment da presidente por entender que ela pode ser enquadrada em crime de responsabilidade por ter ficado à frente do conselho de administração da Petrobras no período em que, segundo a Operação Lava Jato, desvios se tornaram frequentes na estatal. 

• Além do roubo, o rombo - A insistência do governo em controlar os preços dos combustíveis desde o fim de 2010 até recentemente, agravando a defasagem ante o praticado no mercado internacional no período, teria custado R$ 80 bilhões à Petrobras. Esse é o valor informado pela revista Veja, na edição desta semana. 

• Tesouro, Previdência e BC têm déficit de R$ 7,4 bi em fevereiro. É pior resultado do governo central para o mês desde o início da série histórica, em 1997. 

• Difícil entender o que é mais do que prioritário e o dever para com o planeta - Dilma corta 72% da verba contra desmatamento na Amazônia. Ministério questiona dados do relatório. 

• Segurando - O consumo das famílias brasileiras - item que compõe o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) - subiu 0,9% no último ano, em relação a 2013. De acordo com informações do IBGE, foi a menor taxa registradas desde 2003, quando recuou 0,7%. Mesmo com o consumo registrando leve crescimento no ano passado, o indicador mostra que as famílias brasileiras estão comprando cada vez menos, em relação a anos anteriores. Em 2013, o índice registrou uma alta maior, de 2,9%. Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do órgão, Rebeca de La Rocque Palais, esse comportamento do consumidor acontece em razão do aumento da taxa de juros, da inflação alta e da estagnação da concessão de crédito para a pessoa física. (Extra) 

• E tome mais uma - Governo aprova reajuste de até 7,7% no preço dos medicamentos. Decisão, que entra em vigor hoje, tem validade para mais de 9 mil medicamentos. 

• Ação coletiva contra Petrobras nos EUA cita Graça e Gabrielli - Queixa submetida hoje na Corte de Nova York cita 15 pessoas como réus e consolida as outras ações contra a empresa em um só processo. 

• Diz Garotinho: ...Para resolver o problema dos desvios do Bilhete Único, Pezão e seu secretário Osório seguem o modelo de Cabral diante dos escândalos. Cabral criou uma Comissão de Ética que nunca funcionou, foi só marketing, nunca fiscalizou nada. Agora Pezão e Osório criam mais um órgão, a Controladoria do Bilhete Único Estadual, que supostamente irá fiscalizar o consórcio RioCard. Alguém acredita? Acho que ninguém. O Tribunal de Contas não caiu nessa conversa fiada. Ontem o presidente do TCE - RJ, Jonas Lopes de Carvalho afirmou que continua esperando do governo estadual toda a documentação do Bilhete Único. É isso aí, tem que abrir essa caixa-preta. Essa enrolação de Pezão e Osório é para tentar escapar do controle de TCE, mas não vai adiantar..

• Ex-senador Demóstenes Torres diz que campanhas do líder do DEM de 2002, 2006 e 2010 foram bancadas pelo pivô da Operação Monte Carlo; Ronaldo fazia sim parte da rede de amigos de Carlos Cachoeira, bicheiro, escreve ele no artigo Ronaldo Caiado: uma voz à procura de um cérebro, publicado nesta terça no Diário da Manhã; Siga o dinheiro, completa, sugerindo investigação das contas das campanhas do democrata; Demóstenes acusa ainda o senador Agripino Maia e outros integrantes de sua chapa em 2010 no Rio Grande do Norte de terem se beneficiado de um esquema goiano, com intermediação de Caiado; por fim, disparou: Você rouba, mente e trai

• Ex-presidente tucano FHC questionou, em palestra em São Paulo, as possibilidades do ajuste funcionar: É uma situação difícil para a presidente Dilma. Ela ganha dizendo que vai continuar o crescimento político e tem que tirar o pé do acelerador e frear de repente. O mais dramático é ter que nomear como tzar da economia alguém que pensa o oposto dela. Duvido que isso dê certo; segundo ele, os problemas econômicos que o País enfrenta começaram no segundo mandato do presidente Lula, no momento em que resolveu manter uma política de estímulo ao consumo, mas sem realizar investimentos. 

• Durante encontro com dirigentes petistas, o ex-presidente Lula disse que o partido deve reagir: O PT não pode ficar acuado diante dessa agressividade odiosa; segundo ele, é preciso levantar a cabeça e ir à luta; Lula também defendeu que a sigla aprofunde as relações com os movimentos sociais e apoie as manifestações organizadas via CUT; presidente estadual da legenda em São Paulo, Emídio de Souza, disse que Lula vai viajar o País: Ele pediu para militar, buscar nos Estados e municípios o apoio. Pediu para cuidarmos da base social do partido, que é quem votou na gente; na ocasião, a sigla comandada por Rui Falcão aprovou um Manifesto dos Diretórios Regionais em defesa do partido. 

• Lei provoca onda de protestos contra discriminação de gays nos EUA - Nova lei do Estado de Indiana permite que comerciantes e prestadores de serviços se recusem a atender clientes gays alegando que a união entre homossexuais fere sua crença religiosa. A aprovação de uma lei no Estado americano de Indiana que pode abrir espaço para discriminação de gays vem provocando uma onda de boicotes e protestos em todo o país, ampliando o debate sobre liberdade religiosa e direitos civis. A lei, denominada Religious Freedom Restoration Act (Lei de Restauração da Liberdade Religiosa, ou RFRA na sigla em inglês), foi assinada na semana passada pelo governador republicano Mike Pence.
O poste é inseparável do fabricante: Dilma será para Lula o que Pitta foi para Maluf. 
. Como um punguista de antigamente depois de afanada a carteira da vítima, Lula tenta afastar-se de Dilma Rousseff com cara de paisagem, assoviando um sambinha enquanto caminha nem tão depressa que pareça medo nem tão devagar que pareça provocação. A malandragem deu certo no escândalo do mensalão. O chefão caiu fora da cena do crime e a patente de comandante do bando acabou enfeitando os ombros do subchefe José Dirceu.
. Mas não se terceiriza o pessoal e intransferível. A segunda-dama Rose Noronha, o prefeito Fernando Haddad e a instalação de uma usina de maracutaias nas catacumbas da Petrobras, por exemplo, são coisa de Lula. Dilma Rousseff também. Lula logo aprenderá que um poste é inseparável de quem o inventou - e um produto de péssima qualidade pode levar seu fabricante à falência política. Dilma Rousseff será para Lula o que Celso Pitta foi para Paulo Maluf.
. Ambos deslumbrados com os altos índices de aprovação reiterados pelas usinas de pesquisas, o prefeito Maluf em 1995 e o presidente Lula em 2007 resolveram mostrar que conseguiriam transformar qualquer nulidade em ocupante provisório do trono. Para que os escolhidos cumprissem sem resmungos a missão de guardar o lugar até que o chefe voltasse, constatou um post de 2010, o marajá de São Paulo e o reizinho do Brasil decidiram-se, sem consultar ninguém, por figuras sem autonomia de voo nem luz própria.
. O primeiro pinçou na Secretaria de Finanças do município um negro economista. O segundo pinçou na Casa Civil uma mulher economista. Ao apresentar o sucessor, o prefeito repetiu que foi Maluf quem fez São Paulo. Mas quem arranjou o dinheiro, revelou, foi aquele gênio da raça chamado Celso Pitta. Ao apresentar a sucessora, o presidente reiterou que foi Lula o parteiro do Brasil Maravilha. Mas quem amamentou o colosso, ressalvou, foi aquela sumidade político-administrativa por ele promovida a Mãe do PAC.
. Obediente a Maluf e monitorado pelo marqueteiro Duda Mendonça, Pitta atravessou a campanha driblando debates e entrevistas, declamando obviedades e louvando o criador de meia em meia hora. Como herdaria uma cidade sem problemas, sua missão seria torná-la mais que perfeita com espantos de matar de inveja a rainha da Inglaterra. Grávido de orgulho, o padrinho ordenou aos eleitores que nunca mais votassem em Paulo Maluf se o afilhado fracassasse.
. Obediente a Lula e tutelada pelo marqueteiro João Santana, Dilma percorreu o atalho para o Planalto desconversando em debates e entrevistas, gaguejando platitudes e bajulando o criador a cada 15 minutos. Como lhe cairia no colo um país pronto, caberia à herdeira tocar em frente o pouco que faltava para torná-lo uma espécie de Noruega com praia, mulher bonita e carnaval. Grávido de confiança, o padrinho comunicou ao eleitorado que ele e ela eram a mesma coisa. Votar em Dilma seria a mesma coisa que votar no maior dos governantes desde o Descobrimento.
. São Paulo demorou três anos para entender que estava nas mãos do pior prefeito de todos os tempos. Descoberta a tapeação, milhões de iludidos escorraçaram Pitta do emprego e atenderam à vontade do seu inventor: nunca mais Paulo Maluf foi eleito para qualquer cargo executivo. O Brasil demorou quatro anos para compreender que, ao conferir um segundo mandato a Dilma Rousseff, ratificara a mais desastrosa opção presidencial de todos os tempos.
. Pena que as multidões não tenham acordado algumas semanas mais cedo. Mas enfim despertaram - e despertaram de vez, berram as manifestações de rua e o sumiço do único líder de massas do mundo que só discursa para plateias amestradas. Antes do fiasco de Alexandre Padilha nas urnas de outubro, Lula caprichou na ironia presunçosa: De poste em poste estou iluminando o Brasil, repetia.
. O terceiro poste afundou a muitas léguas do Palácio dos Bandeirantes. O segundo, Fernando Haddad, pedala no mundaréu de ciclovias para fugir do naufrágio inevitável. O poste inaugural vai sendo tragada pelo mar de corrupção e incompetência. Dilma Rousseff debate-se furiosamente milímetros acima da superfície. Lula quer que afunde sozinha. Mas não escapará do abraço de afogado. (Augusto Nunes) 

Fatos notórios. 
Fato 1 - As recentes pesquisas de opinião pública atestam, sem mínima chance de erro, que o povo brasileiro está insatisfeito e pra lá de indignado com tudo que está acontecendo no país.
Fato 2 - O espantoso crescimento desse explícito desencanto, se deu num curtíssimo espaço de tempo, pois os manifestantes resolveram dar um basta ao governo Dilma poucas semanas depois que ela foi reeleita.
Fato 3 - A impaciência que o povo manifesta com a pretensão de ver suas reivindicações atendidas com rapidez, identifica, infelizmente, o quanto é insignificante a sua capacidade de discernimento quanto aos mais diversos pleitos que estão sendo exigidos.
Fato 4 - Vê-se, por exemplo, com muita clareza, que as insatisfações manifestadas, tanto as mostradas no dia 15 de março, de forma presencial, nas ruas, quanto aquelas que de forma incessante e contínua circulam nas redes sociais, atacam, basicamente, as consequências.
. Com a cabeça bastante confusa, o povo está, mais uma vez, deixando livres as causas, ou seja, tudo aquilo que levou o país a esta situação lamentável. 
Fato 5 - Os principais pleitos que estão relacionados dizem respeito:
1 - ao baixo crescimento da economia;
2 - à corrupção;
3 - ao pedido de impeachment de Dilma; e,
4 - embora menos frequente, uma intervenção militar no país.
. Como se vê, todos não passam de consequências.
Fato 6 - As verdadeiras causas que levaram o país a este estado de coisas estão ligadas, exclusivamente:
1 - à enorme impunidade;
2 - à falta de liberdade;
3 - às intervenções do Estado na economia;
4 - à falta das reformas (corretas) nas áreas Trabalhista, Fiscal, Tributária e Política entre outras; e,
5 - à existência de empresas estatais, que precisam, urgentemente, ser privatizadas.
Para melhorar de fato - Como se observa, nada do que consta aí acima tem a ver com expectativas. São, exclusivamente, fatos.
. Como faltam duas semanas para o dia 12 de Abril, data marcada para as próximas Manifestações de Rua, sem prejuízo da ânsia que o povo precisa mostrar para detonar este lamentável governo, sugiro que façamos uma corrente pela eliminação das causas. Só assim a indignação poderá fazer o Brasil melhorar de fato. (Gilberto Simões Pires) 

Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela. (George Bernard Shaw)

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