7 de mar. de 2015

Justiça é utópica. Leis, o que são. Nunca acreditei...

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. A engolir - Por ser inconstitucional, a presidente Dilma não será investigada; o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções, disse o ministro Teori Zavascki.
. Câmara aprovaria impeachment de Dilma, diz presidente da CPI que derrubou Collor. Apoiador de Aécio na eleição, Benito Gama pondera que, para Congresso tomar posição política contra Dilma são necessários fatos e alguém de credibilidade para fazer denúncias. Presidente da CPI que tirou do poder o ex-presidente da República e senador Fernando Collor (PTB-AL), em 1992, o deputado Benito Gama (PTB-BA) acha que numa votação sobre um eventual pedido de impeachment no plenário da Câmara, neste momento, a presidente Dilma Rousseff perderia no voto e seria afastada do cargo.
. Lava Jato: Políticos recebiam pagamentos mensais, diz MP após liberação de lista de nomes. STF manda investigar 47 políticos de 6 partidos na Lava Jato suspeitos de corrupção. Lista pode crescer já que motivo é esquema de desvio de dinheiro da Petrobras não envolver parlamentares isoladamente, mas grupo.
. PGR vê repetição de mensalão na Petrobras: políticos recebiam pagamento mensal de propina. Ministro quebrou o sigilo de 28 investigações; Ministério Público Federal aponta processo sistêmico de distribuição de recursos ilícitos a agentes políticos, notadamente com utilização de agremiações partidárias, PP, PMDB e PT.
. Ao optar por inquéritos, Janot retarda punições. Para federação dos policias federais, inquérito expediente burocrático; líder do PSOL diz que esperava indiciamentos.
. Em nota, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que manifestou surpresa com a inclusão ex-governador e senador mineiro Antonio Anastasia (PSDB-MG) na lista de Janot, mas afirmou que o caso será esclarecido; por conhecermos o seu proceder irretocável, em tantos anos de vida pública, temos a convicção de que a sua inocência será evidenciada, disse ele; neste momento, a melhor forma de nos dedicarmos à sua defesa é termos nossas atenções voltadas à análise dos fatos para que possamos dar, o quanto antes, as respostas que o país espera, com ansiedade, sobre a lisura de suas ações; Anastasia foi acusado de receber R$ 1 milhão pelo policial Jayme Alves, que entregava malas para o doleiro Alberto Youssef.
. Que ninguém imagine que, quando Renan Calheiros, presidente do Senado, ameace a recondução de Rodrigo Janot à Procuradoria-Geral da República, estivesse apenas fazendo cena. Ele já trabalha na mudança de regras do sistema eletivo do Ministério Público e se surgir uma ação legislativa terá o apoio dos parlamentares e partidos, incluídos na lista de Janot. Se a própria Dilma resolver escolher Janot na lista tríplice enviada pelo Ministério Publico, seu nome será submetido a CCJ do Senado.
. Ecos - As demissões rondam mais de 500 mil trabalhadores brasileiros, milhares delas já ocorridas. Não são só 23 empreiteiras: o efeito cascata já atinge mais de 50 mil empresas brasileiras que empregam em massa e poderão reduzir suas atividades ou fechar suas portas.
. Prefeitura vai tirar 35% dos ônibus que passam na Zona Sul. Ampla reformulação no sistema de transportes do Rio promete resolver problema de sobreposição de linhas.
. Inflação acumula alta de 7,7% em fevereiro, a maior desde 2005. Taxa que serve de parâmetro para o sistema de metas do governo foi de 1,22% em fevereiro e soma 2,48% em apenas dois meses.
. Defasagem no Imposto de Renda pode passar de 67%. Estudo do Sindifisco Nacional aponta que reajuste de 4,5% da tabela e projeção do IPCA em 6,79% aumentam perdas para os contribuintes com renda menor. (Bruno Dutra) 
. As 500 mulheres ligadas ao MST que invadiram a unidade da empresa Suzano Futura Gene, em Itapetininga, interior de São Paulo, destruindo milhares de mudas de eucaliptos mantidas para pesquisas genéticas, devem integrar o batalhão feminino do exército de Stédile, anunciado pelo ex-presidente Lula. Elas quebraram estufas e picharam o local. Portavam facões e machados, escondendo o rosto e cobrindo a cabeça com lenços, no estilo dos black blocs ou de bandidos que temem ser identificados por câmeras de segurança.

Eles têm nojo da gente
. Meses antes de estourar o mensalão, o então deputado Roberto Jefferson chegou atrasado para um almoço de parlamentares do PTB com jornalistas, justificou que estava numa reunião com petistas no Planalto e desabafou: Eles não querem aliados, querem sabujos. Eles têm nojo da gente.
. Deu no que deu. Jefferson detonou o esquema do mensalão, que quebrou o encanto do governo Lula e levou para a cadeia os principais líderes petistas e o próprio petebista. Nunca mais o PT foi o mesmo.
. O PMDB de hoje no governo Dilma está mais ou menos como o PTB de ontem no governo Lula, às vésperas do mensalão. Com a diferença de que o PMDB é o PMDB: ocupa a Vice-Presidência da República, é o maior partido do Congresso e tem as presidências da Câmara e do Senado, o maior número de governos estaduais e milhares de prefeituras.
. E há agravantes: Luiz Inácio Lula da Silva foi um deputado inexpressivo e dizia que o Congresso tinha uns 300 picaretas, mas ele conhecia o jogo. Dilma Rousseff nunca foi parlamentar, não conhece o Congresso, não gosta de política, despreza os próprios aliados.
. É aí que mora o perigo, porque cidadãos e cidadãs, à distância, têm até o direito de imaginar que os 513 deputados e os 81 senadores são uns desqualificados, aproveitadores, que você compra com um cargo daqui, uma emenda dali. Mas o, ou a, presidente da República e sua equipe direta têm obrigação e necessidade de saber que não é tão simplório assim.
. Usar a caneta faz parte, sim, dos regimes democráticos e dos governos de coalizão, mas a relação com o Congresso exige muito mais do que isso. Câmara e Senado têm uma dinâmica particular, movida pelos ventos da economia e pelo humor da opinião pública. Na hora H, pesa principalmente a responsabilidade dos líderes (os de fato, não os de direito).
. Deputados e senadores querem ser ouvidos, precisam se sentir importantes e prestigiados, em especial se têm por trás uma potência partidária. Se não dava para brincar com o PTB e com Jefferson, o que dizer do PMDB de Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros?
. O PMDB tem verbas e cargos, mas quer mais: a sensação de poder, um poder compartilhado em que tenha voz nas reuniões de cúpula, nas medidas econômicas, nas negociações, nos programas sociais. Dilma cometeu inúmeros erros no primeiro mandato e agora é o PMDB quem tem de dar um jeito e pagar o pato na opinião pública? Pois o partido não quer se sentir usado, não quer que o PT tenha nojo.
. Essa irritação, mais o governo frágil, a economia fazendo água e a inclusão de Cunha e Renan na lista do Janot empurram os últimos movimentos do PMDB. Cunha praticamente humilha o Planalto, impondo a Dilma uma derrota atrás da outra. Renan foi decisivo para aprovar aquele jeitinho de driblar a Lei da Responsabilidade Fiscal, mas deu uma guinada brusca nesta semana na direção de Cunha e do próprio PSDB - tanto para espezinhar Dilma quanto para conquistar as simpatias tucanas nesses tempos difíceis de lista do Janot.
. Os tucanos estão dando gargalhadas, porque o PMDB é o fiel da balança e a regra é essa: quanto mais fraco os governos ficam, mais fortes e afoitos se tornam os aliados. Imagine-se um aliado como o PMDB, com Cunha e Renan esperneando na Lava Jato e as condições políticas e econômicas trabalhando contra o Planalto.
. Hoje, Dilma tem a maior base aliada do planeta, mas se o PMDB se bandear de vez para o outro lado, o equilíbrio no Congresso muda totalmente. E num momento em que a lista do Janot, a Standard & Poor’s e o ajuste fiscal rondam Brasília.
. Tudo que o governo não precisava, aliás, era do ministro Cid Gomes plagiando Lula e dizendo que 300 a 400 deputados são achacadores. E justamente a minutos da reunião de Dilma com líderes…
. Com aliados assim, quem precisa de adversários? (Eliane Cantanhêde) 

Declarações surpreendentes de um cardeal.
 photo _acardealkurtkoch.jpg . Em novembro último comemorou-se o 25°. aniversário da queda do Muro de Berlim. Este acontecimento simbolizou o fim da União Soviética, o regime comunista que se apoderou da Rússia em 1917 e escravizou posteriormente, durante décadas a fio, grande parte da Europa.
. Ademais do caráter essencialmente antinatural e opressor desse regime, o número de mortos pelo comunismo ultrapassou a cifra de 100 milhões, como demonstrou o Livro Negro do Comunismo, editado por professores e pesquisadores europeus em 1997. Na legião de perseguidos e mortos figura um incontável número de cristãos.
. O Muro dividia a Alemanha em dois Estados, como o comunismo dividia também a Europa em dois blocos. O aniversário de sua queda foi comemorado com júbilo em todo o Ocidente, com a adesão de católicos no mundo inteiro.
***
. Adesão de todos os católicos? Não. Pelo menos houve um que não comemorou. Foi o Cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, do Vaticano.
. Em declarações que seriam impensáveis em épocas anteriores ao misterioso processo de autodemolição que, segundo Paulo VI, atingiu a Igreja, o prelado da Cúria vaticana não ficou contente com a queda do Muro da Vergonha.
. O escândalo causado por essas declarações foi tal, que a manchete Fim do comunismo não foi totalmente bom para o cristianismo, diz Vaticano, pôde ser lida na imprensa do mundo todo. Entre nós, ela foi destaque, por exemplo, na Agência Reuters-Brasil e nos portais da UOL-Notícias e do G1-Globo, todos de 17 de novembro de 2014.
. É bom recordar aqui a verdadeira posição de um católico face ao comunismo. Os pronunciamentos papais a esse respeito são numerosos. Citamos apenas o de Pio XI, na Encíclica Divini Redemptoris, que por sua vez cita o bem-aventurado Pio IX: 
Pelo que diz respeito aos erros dos comunistas, já em 1846, o Nosso Predecessor de feliz memória, Pio IX, os condenou solenemente, e confirmou depois essa condenação no Sílabo. São estas as palavras que emprega na Encíclica Qui pluribus: Para aqui (tende) essa doutrina nefanda do chamado comunismo, sumamente contrária ao próprio direito natural, a qual, uma vez admitida, levaria à subversão radical dos direitos, das coisas, das propriedades de todos e da própria sociedade humana (cfr. site do Vaticano).
. E por que não foi totalmente bom ter caído o muro? Porque trouxe de volta as tensões entre Roma e a Rússia, disse o Cardeal Koch, segundo as citadas notícias, não desmentidas. Ele falou à rádio Vaticana, uma semana depois do aniversário de 25 anos da queda do Muro de Berlim.
. Ficamos então sabendo que no tempo do comunismo perseguidor dos católicos, não havia tensões entre a Rússia e Roma; e que essas tensões só reapareceram depois da queda do Muro! É terrível a revelação. Quanta razão tinha Plinio Corrêa de Oliveira ao lançar, 40 anos atrás, o manifesto de Resistência à Ostpolitik do Vaticano, o qual pode ser lido no site.
Prossegue a notícia: O cardeal Kurt Koch, principal autoridade da Igreja Católica Apostólica Romana para as relações entre Igrejas, disse que o ressurgimento das Igrejas Católicas do Oriente na Ucrânia e na Romênia, após décadas de repressão, criaram tensões maiores com a Igreja Ortodoxa Russa.
. É espantoso! O ressurgimento da Igreja Católica, antes perseguida e opressa pelo comunismo, não foi um bem, mas um mal, pois trouxe tensões no relacionamento do Cardeal Koch com a igreja cismática da Rússia. Para ele, teria sido melhor então que os católicos continuassem a ser perseguidos, quiçá mortos, para que o ecumenismo prosperasse sem tensões?
. Afinal, que tipo ecumenismo é esse, que se desenvolve distendido só quando os católicos são oprimidos!?
. E prossegue: As mudanças em 1989 não foram vantajosas para as relações ecumênicas, disse Koch. As igrejas Católicas do Oriente proibidas por Stalin ressurgiram, especialmente na Ucrânia e na Romênia, e dos ortodoxos veio a antiga acusação sobre Uniate e proselitismo.
.O proselitismo a que se refere o Cardeal, é o direito e dever inalienável de todo católico de pregar o Evangelho junto às populações. Deveriam os católicos renunciar ao mandado expresso de Nosso Senhor Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15)? Teriam feito mal os Apóstolos que pregaram o Evangelho a todas as gentes? Ou talvez Jesus Cristo tenha errado em ordenar essa pregação! Não disse Nosso Senhor a Pedro, a Mateus, a Filipe, ao moço rico, e ainda a outros: Segue-me! E a igreja cismática, não prega ela sua doutrina? O que diz de tudo isso o Cardeal Koch?
. Quanto ao termo uniate, o próprio despacho da Reuters explica que se refere às igrejas do Oriente com liturgias ortodoxas que reconhecem o papa como líder espiritual. Mais uma vez, a pergunta: é um mal reconhecer o Papa como chefe da Igreja? Não foi uma razão de júbilo ver que tantas ovelhas até então perseguidas e opressas retornavam livremente à prática da verdadeira religião sob o mesmo Pastor? O Cardeal Koch dá razão aos cismáticos por perseguirem os católicos unidos ao Papa?
. Por fim, a mesma notícia acrescenta: O papa Francisco se reunirá com o patriarca ecumênico Bartolomeu, em Istambul.
***
. Como conclusão, é oportuno citar o Manifesto da Resistência, acima lembrado, no ponto em que se refere a uma viagem realizada à Rússia comunista, em 1971, pelo Cardeal Willebrands, antecessor do Cardeal Koch e então Presidente do Secretariado para a União dos Cristãos. A viagem tinha por fim assistir à posse do bispo Pimen no Patriarcado ortodoxo de Moscou.
. Na ocasião, explica o Manifesto, Pimen afirmou a nulidade do ato pelo qual, em 1595, os ucranianos reverteram do cisma para a Igreja Católica. Isto importava em proclamar que os ucranianos não devem estar sob a jurisdição do Papa, mas dele Pimen e de seus congêneres.
. Em lugar de tomar atitude diante dessa clamorosa agressão aos direitos da Igreja Católica, e da consciência dos católicos ucranianos, o Cardeal Willebrands e a delegação que o acompanhava se mantiveram mudos. Quem cala, consente, ensina o direito romano. Distensão…
Como é natural, essa capitulação traumatizou profundamente aqueles dentre os católicos, que acompanham com seguida atenção a política da Santa Sé. Outra foi ainda maior entre os milhões de católicos ucranianos esparsos pelo Canadá, pelos Estados Unidos e outros países. (Gregorio Vivanco Lopes)

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