5 de jan. de 2015

Vida que segue ainda...

Petrobrás: recorde de superfaturamento: 1.800% 

No assalto - o mais recente descoberto - da quadrilha petista palaciana que atuava e ainda atua dentro da Petrobrás - notícia que saiu hoje, domingo, no O Globo - há até o trambique do “laranja” para conseguirem um superfaturamento de (respire fundo...) 1.800% na obra do gasoduto. Veja bem: eu não disse 18%, nem 180%. Eu disse 1.800% (um mil e oitocentos por centos). Voltamos, de novo, à média de 1 trapalhada por semana sendo descoberta. Até onde isso vai continuar? Leia

A herdeira de Jefferson 

Da cela de um presídio do Rio, o controlador do PTB, Roberto Jefferson, comandou um front que levou a filha, a vereadora carioca Cristiane Brasil, ao comando do PTB nacional.

Um episódio de campanha de 2010 contado por Roberto Jefferson a este repórter revela como o controlador do PTB evitou aos trancos e barrancos que o partido submergisse no cenário político-eleitoral no Brasil após denunciar o escândalo do mensalão. Estava ao lado do então candidato ao Planalto José Serra (PSDB), num anúncio de coalizão, quando o tucano evitou pegar em sua mão para erguê-la junto aos outros ilustres enfileirados, para a famosa foto da aliança. Jefferson foi ao seus ouvidos: Meu irmão, é agora ou nunca. Ou você me dá essa mão e a levanta ou saio desse palanque agora!. Serra sorriu amarelo e ergueram, ambos sorridentes, as mãos unidas daquela chapa.

Jefferson é um homem que não mede esforços políticos para conquistar o que deseja. Encarcerado, condenado no processo do mensalão, da cela num presídio do Rio comandou um front que levou a filha, a vereadora carioca Cristiane Brasil, ao comando do PTB nacional, o sucedendo. Uma figura sem brilho no partido, Cristiane cresceu como herdeira do manda-chuva.

Contribuiu também uma campanha forte que levou muito dinheiro. Incluiu mala-direta, reuniões, banquetes, e ligações por telefone com recados diretamente de Cristiane, falando em nome do pai, para delegados do PTB que posteriormente a elegeram na recente convenção. A campanha era tão intensa quanto desorganizada. Ligaram também para militantes que não estão mais filiados. Um advogado de Brasília, hoje no PSDB, recebeu telefonema de assessor de Cristiane pedindo apoio.

Descerra-se a cortina e aparece no palco pouco iluminado do PTB uma velada disputa entre dois grupos - o de Jefferson, que desejava manter-se no Poder (e conseguiu) e o de parte da bancada de deputados e senadores que almejava renovação no comando da legenda, e manter a aliança com o governo do PT (inclui-se neste os senadores Gim Argello-DF e Fernando Collor-AL, aliados próximos da presidente Dilma).

Jefferson e Cristiane agora vão conduzir gradativamente o partido para os braços do PSDB até 2018, seja Aécio Neves ou não o candidato a presidente. O tucano presidenciável foi quem iniciou durante a campanha deste ano a aproximação com Jefferson, em diálogo aberto com emissários dele e a vereadora que se tornou presidente. Assim como Lula e a presidente Dilma, Aécio conhece o poderio eleitoral do PTB: são 25 deputados (ganhou 4 nesta eleição) e 3 senadores (perdeu 3).

Não é um grande partido, mas passa longe de um pequeno. Mediano, consegue se valorizar. E negociar bem tanto com o PT quanto com o PSDB. (Leandro Mazzini) 

Mandato novo. Mentiras velhas. Recheado de mentiras

Aproveitando ao máximo, como já é praxe, a quase nula capacidade de discernimento do povo brasileiro e, principalmente, dos políticos aliados que são convocados para aplaudir (claque) em todas as recepções e eventos governamentais, a presidente Dilma tratou de rechear de mentiras e enganações o discurso de posse. 

Repetitiva

Agindo desta forma, contando obviamente com o apoio irrestrito da mídia comprometida, tanto por questões de afinidade ideológica quanto influenciada pelas verbas oficiais de propaganda, Dilma foi repetitiva, ou seja, iniciou o seu segundo mandato da mesma forma como acabou o primeiro: mentindo descaradamente.

Discernimento

O lamentável, repito, é que só os raros brasileiros que têm alguma capacidade de discernimento são capazes de entender o quanto há de enganações nas palavras da presidente Dilma e do presidente do Congresso, Renan Calheiros, que comandou a cerimônia de posse.

Claque

Cumprindo o que parecia estar escrito no -programa oficial- que teria sido entregue aos deputados e senadores antes da cerimônia, com absoluta precisão os puxa-sacos de plantão não deixaram de interromper a fala da presidente com os mais efusivos aplausos, sorrisos e movimentos de manifestação de concordância.

Prova da mentira

Pois, enquanto a plateia cumpria o seu papel de claque sorridente, Dilma tratava de fazer a sua parte: mentir. Como não tenho o mínimo interesse e/ou vontade de ser um -estraga prazer- desde o primeiro momento de 2015 proponho uma mera comparação daquilo que Dilma afirmou versus a realidade. Para não enumerar todos vejamos o que a presidente disse a respeito da inflação e Petrobrás.

Inflação e Petrobrás

1 - No quesito Inflação, Dilma afirmou que conseguiu terminar o seu primeiro mandato com índice abaixo da meta. Na realidade, como dizem os índices oficiais, nos últimos quatro meses a taxa ficou sempre acima da meta.

2 - No quesito Petrobrás, Dilma disse ter muitos motivos para preservar e defender a estatal de -predadores internos- e de seus -inimigos externos-. Por isso, vamos apurar com rigor tudo de errado que foi feito e fortalecê-la cada vez mais. Vamos, principalmente, criar mecanismos que evitem que fatos como estes possam voltar a ocorrer. Na realidade, os predadores e inimigos são, exclusivamente, políticos de seu partido e partidos aliados. Pode?

Mergulho da baleia

Ainda que estejamos no segundo dia do ano, pelo que foi dito ontem já é possível admitir que o pífio desempenho da economia brasileira, registrado ao longo do primeiro mandato de Dilma Neocomunista Rousseff, admite uma clara afirmação: face ao apreço que o PT tem pela matriz bolivariana de subdesenvolvimento, o ano de 2015 será ainda mais preocupante.

Tudo leva a crer que neste segundo mandato o desempenho anterior, identificado como -voo de galinha- será substituído pelo -mergulho da baleia-. (Gilberto Simões Pires)

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