10 de nov. de 2014

O martírio das mentiras já começou…

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Dilma deixou a desejar no diálogo com a sociedade, diz ministro, chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, vê diálogo mais fraco com principais atores na economia e na política, mas fala em disposição explícita para mudar essa prática. (BBC_BR)

Em 5 anos, polícia brasileira mata o mesmo que a americana em três décadas. No país, entre 2009 e 2013, média é de seis mortes por dia, aponta estudo de ONG. 6 morrem por dia em confronto com a polícia no Brasil. Dados são de anuário sobre segurança. Custo com a violência chega a R$ 258 bi. Após lei mais rigorosa, mortes no trânsito têm maior queda desde 1998 e Rio lidera queda de mortes no trânsito. Já no Rio, o comandante interino da PM diz polícia morre e mata muito. Temos que mudar

Mar avança sobre o Paraíba do Sul, no RJ, e água sai salgada da torneira.

Projeção de crescimento da economia cai de 0,24% para 0,20%.

Não serei submisso ao Planalto, diz deputado do Rio, Eduardo Cunha.

Até quando?... Taxistas piratas caçam passageiros no aeroporto do Galeão, no Rio./ Pagamento de propina - Petrobras está sob investigação nos Estados Unidos.

Ao contrário dos manifestantes de 2011, os indignados que voltarão às ruas em 15 de novembro sabem quem são e o que querem.
Em novembro de 2011, ilustrado por um mapa do Brasil com informações sobre o horário, o local e o acesso aos organizadores das passeatas programadas para 40 cidades, um post assinado pela jornalista Fernanda Costa chamou a atenção dos leitores para os atos de protesto que ocorreriam no feriado de 15 de novembro de 2011. Passados três anos, o texto e o mapa voltaram a circular na internet, mas associados às manifestações de rua convocadas para o próximo dia 15. Nada a ver.
Ao abismo no calendário se somam as diferenças entre os dois movimentos. Os envolvidos nos protestos de 2011 nunca souberam direito quem eram e o que queriam. Como voltaria a acontecer em junho de 2013, os manifestantes sucumbiram à crise de identidade, à inexistência de objetivos claramente definidos, à falta de palavras-de-ordem que evitassem a dispersão. Dessas carências não padecem os indignados de 2014 que mostraram sua cara na Avenida Paulista no primeiro dia deste novembro. Esses sabem perfeitamente quem são e o que querem, como se verá em outro post.
Antecipo o esclarecimento para desfazer equívocos e, sobretudo, para colocar a coluna à disposição dos organizadores ou participantes das manifestações marcadas para 15 de novembro. Sejam bem-vindos às ruas os incontáveis inconformados, saúdam os integrantes da resistência democrática. O Brasil decente enfim se dispôs a travar a luta sem tréguas contra a seita lulopetista - no terreno e com as armas que os adversários escolherem. A desfaçatez dos incapazes capazes de tudo foi longe demais.
Os corruptos a serviço do governo estão por toda parte, e financiam com roubos bilionários a conspiração contra o Estado Democrático de Direito. Os farsantes no poder acham que os fins justificam os meios e se julgam condenados à perpétua impunidade. O sossego dos cínicos acabou. Mais de 51 milhões de eleitores advertiram em 26 de outubro que todos são iguais perante a lei. Lula e Dilma não são mais iguais que os outros, avisaram os participantes do ato de protesto na Avenida Paulista.
Em coro, multidões continuarão a exigir o esclarecimento da roubalheira na Petrobras (e de todos os escândalos), cobrar a punição dos envolvidos e repetir que Dilma e Lula sabiam de tudo. A oposição está na ofensiva. E o PT não mete medo em mais ninguém. (Augusto Nunes) 
Estejamos alertas para a armadilha comuno-petista!
A aparente incoerência está totalmente de acordo com a estratégia petista: acalmar os mercados e ajustar a economia, enquanto se reorganiza politicamente.
Já disse para meus companheiros que eles precisam ler uma das decisões de Lênin, depois da Revolução de 1917. Ele fez concessões a multinacionais sobre a exploração do petróleo de Baku, porque não tinha dinheiro para explorar (...) problema é o sentido político de tomar essas medidas. Você toma essas medidas no sentido de aprofundar o modelo ou no sentido de processualmente criar condições para outro modelo (...) faria muito bem a alguns críticos do PT a leitura de algumas decisões de quando houve rupturas e confrontos.
A análise acima, de meados de 2003, no primeiro governo de Lula, foi feita para o jornal Estado de São Paulo pelo mensaleiro condenado José Genoíno, na época presidente do PT. Segundo Genoíno, a política econômica neoliberal posta em prática logo após a primeira vitória de Lula teria o mesmo sentido da Nova Política Econômica (NEP) de Vladimir Lênin: ganhar tempo para organizar a revolução comunista, utilizando-se do dinheiro que jorraria na economia soviética caso os capitalistas fossem acalmados e convencidos de que o novo regime não os faria mal. Genoíno deixava claro que naquele momento, os dirigentes petistas seguiam fielmente a máxima do líder dos bolcheviques: os capitalistas nos venderão a corda que os enforcaremos.
Cabe registrar que essa estratégia leninista foi posta em prática diversas vezes pela URSS durante os períodos da Guerra Fria conhecidos como detente, ou seja, durante períodos de aproximação diplomática com os EUA e seus aliados. Na coleção de engodos, encontra-se a política de Nikita Khrushchov de destalinização e a famosa Perestroika de Gorbachev. Os livros New Lies for Old e Perestroika Deception, do ex-agente da KGB e desertor Anatoliy Golitsyn, mostram com detalhes esse modus operandi para ludibriar o Ocidente.
Tal estratégia sempre funcionou. Desde o advento da Rússia comunista, o que mais ocorreu na história foi a ajuda capitalista a países comunistas. Esse panorama é descrito de forma brilhante no livro The best enemy money can buy de Antony C. Sutton mostrando que nem sempre os interesses de grandes capitalistas são opostos aos interesses socialistas.
Atualmente, a China mantém um sistema político fechado baseado no Partido Único Comunista e uma economia socialista de mercado que recebe o maior volume de investimentos estrangeiros diretos do mundo. A transição para esse tipo de arranjo iniciou-se com Mao Tsé Tung e foi acelerado com Deng Xiaoping, ganhando maturidade agora, 30 anos depois.
Desde que os escritos de Gramsci fizeram a cabeça das esquerdas, a lógica marxista foi invertida. Seria a superestrutura que determinaria a estrutura e não o contrário, como era advogado por Karl Marx. Em resumo, a política, a cultura e as instituições que moldam a economia e o modo de produção e não o contrário. Por isso, os marxistas de hoje buscam antes destruir os valores do capitalismo, entre eles, a ética cristã, para poder controlar o sistema econômico, posteriormente.
Pois bem. Aonde quero chegar? No cenário o qual está se apresentando após a reeleição de Dilma. Menos de três dias após a vitória nas urnas, o Banco Central brasileiro aplicou uma elevação de 0,25 pontos percentuais na taxa de juros básica da economia, sinalizando um aperto monetário e uma ortodoxia contra a inflação que tinha sido atacada durante toda a campanha eleitoral petista.
O PT acusava os adversários de fazer justamente o que promove agora: arrocho e ajustes. Também já está sendo ventilado que, para o ano de 2015, haverá maior esforço da política fiscal - com cortes de gastos e aumento de receita - além de tarifaços nas contas de luz e gasolina para reequilibrar os setores. A aparente incoerência, no entanto, está totalmente de acordo com a estratégia petista: acalmar os mercados e ajustar a economia, enquanto se reorganiza politicamente.
Na sessão parlamentar seguinte da vitória presidencial, o PT sofreu uma enorme derrota na Câmara, que derrubou o chamado Decreto bolivariano, o qual instituía conselhos populares nomeados pelo Executivo. A ideia de plebiscitos e reforma política - duas obsessões petistas - também tem sido rejeitada veementemente por congressistas.
A sociedade está extremamente polarizada e os insatisfeitos ainda estão mobilizados. Por outro lado, a vitória nas urnas veio acompanhada de uma maior dependência da aliança com o PMDB, fundamental para que o partido vencesse em Minas, no Rio e no próprio Nordeste. De certa forma, o PT venceu, mas se enfraqueceu com o desgaste da guerra eleitoral.
Por isso, na visão dos dirigentes vermelhos, é chegada a hora de aplicar o velho receituário leninista na economia para dispersar os opositores e, ao mesmo tempo, investir pesado na mudança do sistema político para consolidarem o poder. Só espera-se que a oposição e a sociedade não caia mais uma vez no engodo - não é a economia, estúpido ! - e mantenha a pressão e vigilância contra esse projeto de poder deletério. (Rodrigo Sias, mestre em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ)

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