• Pelo andar da carruagem, para quem conhece medianamente a história política deste País, o destino da Dilma já está selado: renúncia.
• Um político que não milita no Executivo nem faz parte da roda de conselheiros, mas é
muito próximo de Dilma Rousseff, teve dois sugestivos diálogos na semana passada.
• Um com ela, no Palácio do Planalto, outro com o presidente do Senado, Renan Calheiros.
• A intenção dele era ajudá-la a encontrar uma saída, mas tudo o que conseguiu foi concluir
que a presidente tem consciência de que está numa encruzilhada da qual não sabe como
sair e que se sente abandonada pelo PT e pelos partidos da base aliada.
• Ninguém me defende, fugiram todos, disse ela ao interlocutor. A maior parte do tempo,
no entanto, ouviu calada.
• O amigo lhe disse: Você nunca quis 39 ministérios, não pediu para o Brasil sediar a
Copa, de verdade não queria a parceria com o PMDB. Isso tudo é herança do Lula.
• Silêncio. Essa não é você, ponderou o amigo, aconselhando-a a reagir segundo as
próprias convicções. Da Copa não é possível voltar atrás, mas você pode reduzir o número
de ministérios e deixar de lado a aliança com o PMDB, insistiu.
• Silêncio. Rompido apenas para externar o desagrado por pagar a conta sozinha: Estou
apanhando de todos os lados e nem tudo é responsabilidade minha.
• Não falou mal de Lula, não criticou esse ou aquele aliado, não deu sinal de que tenha a
mais pálida ideia do que fazer.
• O interlocutor da presidente saiu dali e foi procurar o presidente do Senado para
lembrar-lhe alguns fatos e cobrar lealdade.
• O governo foi forçado a apoiar sua volta à presidência, não faltou ao Sarney quando ele
quase foi afastado na crise dos atos secretos (em 2009), por que agora essa atitude
agressiva sua e do PMDB?
• Frio como um peixe, Calheiros respondeu: Porque ela tentou jogar a crise no colo do
Congresso. Segundo consta, nada mais disse nem lhe foi perguntado.
• A conversa aconteceu dias depois de o presidente do Senado ter requisitado avião da FAB
para ir ao casamento da filha do líder do governo Eduardo Braga, em Trancoso (BA),
enquanto o País gritava de Norte a Sul que está farto dos espertos.
• Chá e antipatia. O tempo fechou na reunião ministerial de segunda-feira quando o
ministro Moreira Franco (PMDB) falou em inflação em termos, digamos mais realistas que o
cenário cor-de-rosa pintado pelo colega Guido Mantega. A certa altura, a presidente Dilma Rousseff o chamou de burro.
• No dia seguinte, na reunião da executiva do partido, nenhum dos ministros do partido - só
Edison Lobão não foi, alegando doença - disse uma palavra em defesa da presidente que no
encontro só não foi chamada de bonitinha.
• Pode até ter sido arroubo momentâneo, mas na versão original da nota oficial sobre o
resultado da reunião constava a disposição de entregarem os cargos.
• O texto dizia algo como que a presidente faça o que quiser com os ministérios. A turma
do deixa disso ponderou que os termos poderiam soar pessoalmente ofensivos e que não
era hora de radicalizar em público.
• Sobre eleição e reedição da aliança com o PT, o clima, que já não era bom antes da
queda de Dilma nas pesquisas, ficou muito pior, mas o momento é de indefinição.
• O PMDB não vê como a presidente possa voltar ao patamar anterior, não crê na
candidatura de Lula, acha que quem vai se beneficiar eleitoralmente é quem, no campo da
oposição, souber capitalizar a insatisfação, mas não vê um nome no horizonte.
• Telhado de vidro. O PMDB e o Congresso estão sem autoridade para revides depois que
se descobriu que os presidentes da Câmara e do Senado - ambos do partido e eleitos pela
maioria dos pares - fizeram uso particular de bem público em desfaçatez ímpar, dado o
momento. (Dora Kramer, Estadão)
• Incêndio destrói o tradicional Mercado Público de Porto Alegre, construído em 1869 e que
abriga bares, restaurantes e bancas comerciais. As chamas se alastraram a partir do
segundo piso do prédio histórico, em frente à estação do trem metropolitano, no centro da
cidade.
Como colar os cacos da esquerda no brasil
• Demorou uma década inteirinha para o governo federal regido pelo PT perder a boa
imagem entre a maioria absoluta dos brasileiros, mas, finalmente, aconteceu, diz Eduardo
Guimarães, do Blog da Cidadania, em análise sobre o momento político atual. A pacificação
da esquerda, porém, não depende só da militância, dos simpatizantes, dos movimentos
sociais, dos sindicatos, da mídia alternativa etc.; depende, também, de Dilma. Ou ela
começa a dialogar ou vai atirar o país no colo de Serra e sua turma, argumenta.
• Esse é o Maranhão que se conhece onde Dona Roseana, governadora e aposentada do
Senado, extinguiu o Conselhão de aliados que custava R$ 1,2 milhão por reunião.
Rio: Médicos e remédios
• Tribunal de Contas do Município mostra que a rede municipal de saúde está carente de
pessoal e também de medicamentos. O estudo faz parte do parecer prévio das contas de
2012 do prefeito Eduardo Paes, enviado à Câmara Municipal no início deste mês. Ao longo
de 2012, em 75 unidades básicas de saúde do município, constataram falta de 231
profissionais, sendo 116 médicos. Também verificaram que 28% dos postos tinha saldo zero
de remédios.
FHC diz que Dilma aprofundou a crise
• Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o impasse sobre a crise política não foi
colocado pelos manifestantes que tomaram as ruas do País e o plebiscito proposto pela
presidente Dilma, que ele chama de golpe de marketing, não resolve a carestia, a baixa
qualidade dos empregos criados, o encolhimento das indústrias, os gargalos na
infraestrutura, as barbeiragens na energia, e assim por diante.
Escamoteando petições do povo
• Quando se vê na mídia que o Congresso produz mais e prioriza projetos sociais após
protestos não quer dizer que acataram muitas das reivindicações das manifestações, que
a meu ver, estão escasseando por razões outras. Se influenciaram os políticos ou não, é que as peças continuam por aí fazendo e acontecendo faltando mais rapidez e objetividades.
No fundo mesmo, estão cozinhando o povo em banho-maria para ver no que vai dar. Eles
que têm panelas e pratos nas mãos seguem indiferentes ao que houve. É preciso mais
campainhas que os façam acordar. (AA)
Bolsa família e os boatos
• Terminou mais uma semana e nada da Polícia Federal divulgar os resultados do inquérito
sobre os boatos do Bolsa Família. O boato começou numa sexta-feira, dia 17 de maio. Logo
completa 2 meses. A PF teria ouvido 200 pessoas e faltavam mais 100! 300 depoimentos? E
quem foi o responsável? (Marco Villa)
O cotidiano
• STF recebe ações contra 21 réus por desvios no ministério do Turismo.
Saúde
• Descaso - SUS ignora 13 milhões de pacientes com doenças raras em todo o país.
• Incúria - Mulher dá à luz na calçada, em frente a hospital na Zona Sul. Segundo morador,
funcionários de UPA de Copacabana teriam se recusado a atendê-la.
• Por que os médicos se afastam do interior? Falta de infraestrutura adequada é entrave
para interiorização de médicos e também deve distanciar os estrangeiros.
O nocaute
• Anderson Silva foi nocauteado por Chris Weidman no UFC 162, em Las Vegas, e perdeu o
cinturão. Também foi duramente criticado por muitos lutadores da entidade. Mas ninguém
foi mais duro com ele do que a mídia do país do novo campeão.
• Nos EUA, Anderson chegou até a ser chamado de criança petulante por sua postura
provocativa durante o combate.
A ESPN dos EUA opinou que o brasileiro pagou por seu excesso de confiança. Spider
estúpido, publicou o portal do principal canal esportivo do país. O orgulho o prejudicou,
completou o portal. Spider diz não pensar em revanche e deixa no ar possível
aposentadoria.
• Incêndio na maior favela em Heliópolis, São Paulo, deixa 3 mortos, 8 feridos e quase mil
desabrigados. E como sempre acontece, lá vem o prefeito confirmar que plano contra
incêndio do Mercado Público paulista estava vencido. O povo paga e os mortos também
pena não inobservância dos bombeiros.
• Sócrates, ex-jogador de futebol e da Seleção já falecido, conta em livro ainda não
lançado, sobre política, história, cultura e futebol, entre outras coisas, além de várias
histórias de bastidores, como caso de racismo no Corinthians.
• Na Fórmula 1, Vettel finalmente vence pela primeira vez em casa, Alemanha, e em julho
seguindo na liderança. E Massa, como sempre com seus azares, roda e abandona.
• Ao menos 80 feridos em descarrilamento de trem no sul da Rússia.
• Avião da companhia aérea asiana sofre acidente ao aterrissar no aeroporto de San
Francisco nos EUA, ontem. A aeronave que partiu de Seul, na Coreia do Sul, levava 291
passageiros e 6 tripulantes. Testemunhas fazem relatos dramáticos e viveram momentos de
pânico e horror tentando escapar da aeronave em chamas. Autoridades dizem que o avião
que voava muito baixo, parece ter se chocado com a pista durante a aterrissagem. Empresa
não crê em falha mecânica. Até agora informaram que houve dois mortos e 103 feridos e
tentam determinar as causas do acidente.
• Acabou o jejum! Murray bate Djokovic, é campeão em Wimbledon, grama sagrada do All
England Club, em três sets a zero e faz história. Murray quebra tabu de 77 anos e é 1°
britânico campeão de Wimbledon na Era Aberta.
• Impasse político é mantido no Egito. ElBaradei, que fora nomeado premiê neste sábado,
não é mais confirmado ao cargo; futuro de Irmandade Muçulmana também é incerto.
Violência e mortes em atos pró-Morsi reforçam temor por futuro do Egito.
• Deportação de Abu Qatada encerra batalha legal britânica. Tratado bilateral permitiu que
clérigo acusado de conexões com terroristas seja julgado na Jordânia.
• Exército fecha acessos a locais onde os fiéis islamitas ao presidente deposto Mohammed
Mursi organizam protestos contra sua derrocada, ocorrida na última quarta-feira.
• Cidade síria de Homs é bombardeada pelo nono dia seguido. Quase mil peregrinos ficam
retidos na Arábia Saudita devido a crise.
• Al Jazira reporta que suas instalações foram invadidas por forças egípcias. Egito caminha
na direção de guerra civil, diz Putin.
• Explosão em trem de carga no Canadá deixa pelo menos 5 mortos e autoridades buscam
80 desaparecidos.
2 comentários:
CADA DIA MELHOR....PARABÉNS.
BLOG COMO ESSE VALE A PENA VER E LER.
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