2 de jul. de 2013

A saga PT continua. Até quando?

 photo _aquedabostilha_zpsa7e49236.jpgO país acordou, Dilma não! (Estadão) 

A favor, porém contra 

O mais interessante no recente Datafolha, a meu ver, está no apoio de 73% dos entrevistados à convocação de uma constituinte, índice que não despertou interesse na imprensa.

Considerada a margem de erro, são justos três quartos que indicam o anseio por uma reforma política tão remodeladora, e de fluência menos demorada, que requer uma via própria. Nada com os deputados e senadores. 

O índice conduz, porém, a uma contradição com outro dado colhido pelo Datafolha: 68% consideram que a presidente agiu bem ao propor um plebiscito para decidir sobre uma constituinte (vale repetir: a presidente nunca propôs um plebiscito, como lhe atribui, por exemplo e criticamente, até um ministro do Supremo, Gilmar Mendes; propôs apenas um debate para decidir sobre plebiscito ou não). 

O plebiscito e a constituinte estão conectados na ideia que os suscitou e, mais significativo, na própria recusa dos 73% à entrega da reforma política ao atual Congresso. A diferença dos índices, apesar de relativos ao mesmo fim, sugere que plebiscito não é algo claro para o eleitorado. Uma advertência, então, para os que preferem propor aos eleitores diferentes fórmulas de reforma para sua escolha. Ou seja, plebiscito mesmo, e não o referendo, que apenas pediria sim ou não à convocação de constituinte. 

Bem de acordo com a confusão do momento, os 73% pró-constituinte aprovam o item fundamental da resposta de Dilma Rousseff às manifestações. Mas, quando os mesmos entrevistados definem sua opinião sobre o desempenho de Dilma frente aos protestos, apenas 32% o dizem ótimo ou bom. Por ser outra contradição, não deixa de ser também o que aqui mesmo já ficara pressentido. 

Trecho desta coluna em 25.jun: Melhor para eles [governadores e prefeitos] se Dilma Rousseff chamou a si, no que talvez seja um erro político, a responsabilidade por todos os problemas e soluções em questão [os citados nas manifestações]. A baixa aprovação dessa atitude e a espetacular perda de 27 pontos no prestígio de Dilma confirmam o erro. Os manifestantes, com razão, não viram nas propostas presidenciais o atendimento às suas reclamações. 

A resposta administrativa e politicamente mais adequada, para todos, seria o compromisso público de dar aos prefeitos e governadores toda a colaboração federal possível para a solução dos problemas apontados nas ruas. Isso não foi feito no discurso e não está feito na prática. E o resultado é Dilma Rousseff juntar-se à queda dos governadores e prefeitos responsáveis pelos temas majoritários da insatisfação, municipais e estaduais. 

Em termos eleitorais, que logo concentraram as especulações, as numerosas e fortes quedas de prestígio constatadas pelo Datafolha expressam muito menos do que parece. Só pesquisas futuras indicarão o quanto as quedas atuais resultam, ou não, do ambiente fermentado. 

E se todos os expostos caem ou sobem, a disposição do conjunto fica semelhante à anterior. Quem não estava exposto ao clima do momento, como Marina Silva e Aécio Neves, ficou isento, ou quase isso, de uma aferição comparativa. Assim não vale. A insatisfação se volta contra a classe política, como concluíram as boas análises de Aécio e do prefeito Eduardo Paes, mas não só. Agora chama para acerto de contas também os inúmeros juristas, acadêmicos e outros contrários à constituinte. (Janio de Freitas)



Ideia de plebiscito já nasce morta junto com suposto financiamento público de campanha que PT deseja. 
A Presidenta Dilma Rousseff da Silva deu outra prova ontem de que vem raciocinando com o intestino, gerando efeitos escatológicos para sua popularidade em queda livre. Visivelmente abatida, com olhos pesados e fisionomia cansada, Dilma cometeu mais um erro institucional ao atropelar o Legislativo e enviar ao Judiciário uma consulta sobre a realização do tal plebiscito (supostamente para reforma política) ainda este ano e a tempo de valer para a eleição de 2014. Dilma avança, velozmente, para um trágico desgaste com o Congresso - a exemplo do que fizeram no passado, com triste resultado, os presidentes Getúlio Vargas, Jânio Quadros e Fernando Collor. Ainda hoje, a Presidenta manda aos deputados e senadores uma proposta de “consulta popular” urgente que contraria a maioria das lideranças partidárias. PMDB, PP, PTB e PSC (da base governista) mais PSDB, DEM e PPS já se manifestaram contra o plebiscito - que pode custar uns R$ 2 bilhões e já nasce morto. http://www.alertatotal.net/


Atenção!
. Medo de inflação e meta fiscal limitam concessões às ruas. Para analistas, desafio do governo será responder aos apelos dos manifestantes sem perder a credibilidade aos olhos do mercado; 
. Governo envia a Congresso itens para plebiscito. Questões sugeridas para consulta à população foram encaminhados por vice-presidente nesta terça-feira; 
. Na reforma, governo pede fim de voto secreto; TSE define prazo mínimo de 70 dias para realização do plebiscito; 
. Presidente da Câmara promete anteprojeto de reforma política em 90 dias; Reconciliação quando? PMDB quer parlamentarismo com distritão; PT quer financiamento público e voto em lista. 
. SUS: médicos anunciam paralisação nacional no atendimento amanhã. 
. Médicos que vierem do exterior receberão R$ 10 mil por mês. 
. Forte venda de ações de investidores estrangeiros faz Bovespa cair quase 4%. Dólar sobe quase 1% e volta a R$2,25, com sinais ruins da economia; 
. Senado aprova projeto de desoneração tributária para transporte.


. Prefeito Eduardo Paes e sua mea culpa: contrato de licitação com as empresas de ônibus; fiscalização dos ônibus; transportes públicos e diálogo com a população. Diz que vai melhorar, tomara!
. IBGE: Produção industrial cai 2% em maio, após dois meses de alta e dólar sobe após tombo da produção. 

O que a Dilma ainda não entendeu! 
O que pedem as ruas? - Qualquer brasileiro que vê, lê ou escuta já percebeu que o clamor das ruas tem por alvo a omissão do Estado. O povo exige educação, saúde, segurança, infraestrutura e um plano concreto de desenvolvimento. Tudo isso devidamente embalado num envólucro à prova da ação de corruptos. Nenhum brasileiro foi às ruas buscando uma reforma política. Isto é conversa para boi dormir, um expediente que pretende apenas encobrir desejos ainda não confessados de quem urde tal ideia. Sugiro que o governo passa a fazer apenas sua obrigação e que o congresso transforme em crimes hediondos algumas práticas habituais em seu próprio meio. Isso bastará. O povo vai voltar para casa e o Brasil vai voltar a crescer. Vai sobrar dinheiro! (Eli Feijó, Congonhas - MG)

Todo mundo comete erros. O truque é cometê-los quando ninguém está olhando.

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