28 de jun. de 2013

Há algo muito estranho no ar...

 photo _aaalerta_zpsb04fe5c3.jpg Há algo muito estranho no ar... 
Se os R$0,20 da passagem de ônibus em São Paulo foram a gota d’água para a população sair às ruas e desencadear o maior movimento popular de protesto neste país dos últimos anos, a omissão e a ineficiência da Polícia Militar de Minas Gerais para conter o vandalismo e a barbárie ontem, em mais uma manifestação em BH desde o inicio da Copa das Confederações, foram a gota d’água para a sociedade mineira.

Há algo de muito estranho no ar.

Em outros protestos na capital, os vândalos, que entram em cena assim que a tarde caminha para o fim, substituindo os que vão pelas ruas em paz, destruíram bens móveis e imóveis, públicos e privados, sem que fossem admoestados pela PM.

Era de se esperar que, nessa quarta, tudo fosse diferente. Efetivo aumentado na rua em quase dois mil homens, planejamento de ação amplamente divulgado, a PM aparentava ter o controle da situação.

Mas tudo aconteceu exatamente como das outras vezes.

Quais são as razões para explicar tal desleixo por parte de uma corporação com tantos serviços bem prestados ao Estado e aos mineiros? 

Quem acessa o site da PM e procura ler os objetivos operacionais e competências legais da instituição, logo encontra o texto (negrito meu):

“A defesa social está capitulada no texto constitucional como dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. Organizada de forma sistêmica, visa a garantia da Segurança Pública, mediante a preservação da ordem pública, com a finalidade de proteger o cidadão, a sociedade e os bens públicos e privados, coibindo os ilícitos penais e as infrações administrativas. Neste contexto, a Polícia Militar tem papel de relevância, uma vez que se destaca, também, como força pública estadual, primando pelo zelo, honestidade e correção de propósitos, há mais de dois séculos".

Ou seja, a PM não cumpriu seus objetivos operacionais e não exerceu suas competências legais. Alguém pode dizer o contrário. Como declarou hoje o comandante geral da PMMG, Cel. Santana, ao MGTV1 a Edição, ao explicar que a (falta de) atitude da PM se deu para preservar os cidadãos de bem que estavam no local, por isso, evitou uma ação de confronto. Problema é que, mais cedo, em outra entrevista, desta vez para a Band News FM, ele revelou que a situação enfrentada era inédita e que a PM não tem experiência para tal.

 O fato é que milhares de pessoas ao redor do conflito ficaram ao sabor das pedras, paus, bombas, incêndios e ameaças provocadas por aquela massa de ignorantes à solta. 

Não sou nenhum especialista em técnicas de segurança pública, nem de guerra, nem de nada nesse campo do conhecimento. Mas ouso formular algumas perguntas aqui que qualquer sujeito com um mínimo de percepção deve estar se fazendo depois de ver como os baderneiros deitaram e rolaram, como se estivessem em terra de ninguém.

Por que motivo a PM não botou um pelotão no trecho da Av. Antônio Carlos que já tinha sido vandalizado no protesto de sábado passado? Os belorizontinos, a torcida do Flamengo, os peixes da Lagoa da Pampulha, todo mundo já sabia que, se não houvesse policiamento no local, a chance de as cenas se repetirem eram 100% garantidas. Pelo jeito, menos a PM. Se havia mais soldados à disposição, além da Força Nacional e do próprio Exército na área da UFMG, por que não se cercou aquela área com policiamento ostensivo - coisa de 200 homens seria o bastante - de modo a assustar e reprimir os arruaceiros?

Mais: por que a PM posicionou seus homens fardados apenas atrás da manifestação na Avenida Antônio Carlos e atrás da barreira física de grades na Avenida Abrahão Caram e não destinou força de repressão em número significativo para ficar à frente da passeata ou à espera dos manifestantes na Pampulha, mas, de novo, sempre à frente deles? Quando o vandalismo começou, até com incêndio de carros, móveis e lojas, o Comando alegou risco de vida para os próprios policiais e para cidadãos de bem se tivesse que abrir caminho com bombas de efeito moral para chegar até os locais onde o crime corria solto. E, sendo assim, ficou onde estava, esperando tranquila que a manifestação dispersasse para passar com o comboio de carros liderado pelo Caveirão. Só que já era tarde demais: lojas, casas, móveis, carros e motos já tinham sido destruídos.

Também tem me incomodado o maniqueísmo que vai tomando conta do discurso da imprensa, quando quer classificar os que se manifestam de forma pacífica e os que aparecem lá somente para a quebradeira. Desconfio que tem gente politizada na liderança do Movimento muito interessada em que certos grupos façam o trabalho sujo na passeata, pra que ela fique com o papel de boazinha. Essa divisão entre os do bem e os do mal não é bem assim. Há uma interseção aí, que une parcela do time do bem e do time do mal, muito articulada para atingir certos objetivos bastante questionáveis.

 Muitos dos que, de manhã, entram nos sites da grande imprensa para criticar a cobertura jornalística são os mesmos que, à noite, vão as ruas aprontar. Estão ligados aos setores extremistas mais radicais. E aí vira uma salada de frutas. À esquerda, aqueles que creem que é preciso destruir tudo pra começar do zero, com outra forma de organização social e de governo. À direita, os que apostam no caos para poder depois entrar reprimindo com força total e abafar o movimento. A mim me intriga que um grupo que se denomina pacífico, depois de tanta balbúrdia ao fim do trajeto Praça 7 - Av. Abrahão Caram, tenha lidera do a votação dessa quarta sobre que caminho seguir na passeata, defendendo a avenida Antônio Carlos, palco da violência recente. Por que não outro caminho? Alguém já notou que boa parte dos vândalos se une à manifestação somente quando ela se aproxima do campus da UFMG? Eles não estão no início da passeata, não são identificáveis logo no começo, surgem de ruas laterais já depois do viaduto São Francisco e sempre espalhados entre a multidão, nunca em grandes grupos. Usam muitas camisas e casacos (neste calorão dos dias de passeata), de tal forma que podem trocar a roupa de cima e dificultar a identificação. Cobrem os rostos e cabeças com capuzes e lenços ou camisas e vêm armados com objetos para serem atirados contra a Polícia e vitrines.

Só a PM parece não ter observado coisas tão óbvias, que até um leigo como eu já notou, pela TV, pelos depoimentos de colegas no front, pelos relatos de redes sociais e pela transmissão ninja, ao vivo, de uma tv online. Ou, se observou, fez-se de morta e não reagiu.

Faço ideia como a tropa na rua deve estar doida pra entrar em ação pra valer. Mas o comando, por motivos indecifráveis até agora, mantém a posição do não-confronto. Talvez para não entregar ao Movimento o cadáver de um manifestante, que poderia tornar o quadro ainda mais grave. Será que é isso? 

De todo modo, é lamentável, sob todos os aspectos.

Hoje tem assembleia debaixo do viaduto. Espero que o bom senso prevaleça. Governo federal e Congresso Nacional estão se movimentando, prefeituras e câmaras de vereadores também, ainda que errando e acertando, mas todos, pressionados, tentando achar o caminho. Já foi aprovada a promoção da corrupção a crime hediondo; já baixaram o preço das tarifas; já se pensa na reforma política, com ou sem Constituinte, via plebiscito; já arquivaram a PEC 37 e há outros projetos sendo desengavetados pela força das ruas. Como as coisas começaram a andar, pode-se concluir que talvez fosse razoável encontrar outras formas de manifestação que não terminem tragicamente, como se tem visto. (Benny Cohen, jornalista) 

Comentário: 
Dos 70.000 participantes da Passeata, em Belo Horizonte, parece que somente a Polícia não sabia identificar quem eram os arruaceiros e criminosos que estavam ali, somente para depredar e destruir tudo! 
Falta de preparo da Polícia, ou omissão previamente planejada? 
É inconcebível que a Polícia não consiga fazer um trabalho preventivo, nessas passeatas, verificando as bolsas dos suspeitos, retendo aqueles que insistem em manter seus rostos cobertos e identificando uma série de outros indicadores que todos conseguem perceber, logo à primeira vista! Menos a própria Polícia! 
Parece coisa proposital! 
Perto de onde eu caminhava, estava ali de lado, um grupo de uns 10 jovens, visivelmente fantasiados de futuros arruaceiros! Algumas pessoas, chegaram junto aos 15 policiais que se mantinham estáticos e observando e deduraram essa turma, quase exigindo que eles fossem revistados e contidos! A muito custo, os policiais cercaram o grupo, abriram suas bolsas, exigiram que tirassem as máscaras e panos do rosto. O que se viu, sob o aplauso de todos que ali passavam? Bolsas com pedras e bolas de tinta paus, etc.. Tudo foi retirado da turma, como também foi exigido que tirassem as máscaras dos rostos.... 
O grupo, então, simplesmente desistiu da passeata e voltou em sentido contrário, com xingamentos e gestos inconformados! Mas não seguiram como queriam e a passeara ficou livre de alguns arruaceiros!.... 
Por que não fazer isso com todos os suspeitos? Simplesmente porque a Polícia não quer, ou não foi orientada para isso!... 
Diante dessa incompreensível situação e dessa injustificável omissão do Poder Público, estamos hoje, todos nós, cada dia mais prisioneiros dos criminosos que nos cercam! É de causar tristeza, ver toda a nossa cidade, os prédios, os estabelecimentos e fechado como se fossem verdadeiras prisões, onde os cidadãos de bem ficam lá dentro trancafiados e os criminosos têm toda a cidade à sua disposição, para fazerem o que bem quiserem, sob as vistas mornas de 1.000, 2.000, 5.000 policiais! É a total inversão de papéis, em uma Sociedade destruída e carcomida pela corrupção, pela impunidade, pela omissão explícita do Poder Público! 
E que nem sequer sabe, ou finge não saber, quais são seus deveres e suas obrigações Constitucionais, precisando de Plebiscitos para que esse povo ignorante e escravizado pelas bolsas, diga a quem de direito, o que devem ou que não devem fazer! 
Nosso País está em falência total, cenário esse que vem se solidificando há muitos anos e há muitos governos, de todas as matizes, mas que se acentuou geometricamente, depois que esses PTistas apóstatas tomaram a frente do Poder! 
E, o pior: não temos como e não sabemos como sair desse estado de deteriorização generalizada! 
O sr, Jerome Valcker, um dos donos de nosso destino que está ultimamente sendo comandado pela FIFA, falou algo, ontem, com o que temos de concordar: ...Não haverá tempo hábil para, em um ano até a Copa do Mundo, o Brasil passar por uma revolução, no que se refere à infraestrutura.... Os bilhões que já foram gastos nos Estádios, para satisfazer a sanha devoradora do Governo, das Empreiteiras e dos amigos do Rei, não serão capazes de resolver as questões básicas que, necessariamente, fazem parte de um Projeto de Copa do Mundo, em um País sem qualquer estrutura para isso! É tudo muito triste e muito preocupante! Estamos perdidos! (MDB) 

Recordando 
Empréstimos secretos que os faça com o dinheiro dela, não os nossos.


Onde os efeitos especiais podem chegar.. 
Depois de assistirmos ao vídeo só temos uma certeza... Os recursos tecnológicos disponíveis em computação gráfica sinalizam para que tenhamos dúvidas de muitas imagens divulgadas pela internet, como reais.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei a abordagem realista.

O teto vai ruir...

Façamos as contas ao próximo exercício. Você aí que ainda nem recebeu os míseros trocadinhos do patrão e ouve a mulher querendo comprar comi...