• Com todo o respeito e guardadas as proporções, há quem estabeleça um
paralelo entre o Lula e Stalin, ainda que também registradas certas
diferenças. Começando por estas, é verdade que na fundação do PT o Lula
já era o Lenin, ou seja, sua trajetória não foi como a de Stalin, que começou
nos quadros intermediários do Partido Bolchevique, subordinado ao líder
maior, até galgar o posto máximo de csar de todas as Rússias. Aqui, o
chefe inconteste sempre foi o Lula.
• No entanto o paralelo é perfeito quando se atenta para a estratégia de
Stalin de ir gradativamente se livrando dos Velhos Bolcheviques. Mesmo
falando em renovação, não em depuração nem expurgo, revela-se há
tempos um Lula obstinado em afastar quantos estiveram com ele na
fundação do PT ou que logo depois se destacaram. Claro que os métodos
são outros. Não existem fuzilamentos, mas o resultado é igual.
• Basta notar que os líderes sindicalistas de 1980 sumiram, substituídos na
CUT por marionetes sem iniciativa própria. Mais ou menos como a degola
feita no Exército Vermelho, tomando-se como evidente exercer a central
sindical o mesmo papel que as forças armadas soviéticas exerciam naqueles
idos. A CUT lembra o braço armado do regime soviético, mas está sem
generais, exatamente como a URSS ao ser invadida pela Alemanha de Hitler.
• Vale à pena citar alguns políticos de expressão nos primórdios do PT que
foram mandados embora ou tomaram a iniciativa de sair. Apesar do risco de
esquecer montes deles. Sem falar nos intelectuais que pularam fora ou se
viram defenestrados. Mas o que dizer de Marina Silva, Heloísa Helena, Plínio
de Arruda Sampaio, Airton Soares, Bete Mendes, Cristóvan Buarque e
tantos mais? Sem esquecer os que parecem próximos de tornar-se
hóspedes da Lubianka, como Eduardo Suplicy, Paulo Pain, Humberto Costa,
Lindbergh Farias, Wellington Dias, Arlindo Chinaglia e outros.
• Ainda agora parecem estar em andamento os Processos de Moscou,
valendo não resistir à tentação de comparar Aloísio Mercadante e Marta
Suplicy a Kamevev e Zinoviev. Ano passado, nas eleições para a prefeitura
de São Paulo, Fernando Haddad foi tirado do nada para que os atuais dois
ministros não botassem o pescoço de fora. Agora, nas preliminares para a
escolha do candidato a governador, Mercadante submete-se a ficar à
margem e até reconhece e agradece a imposição. Penitencia-se por ter sido
influente. Marta também, aguardando-se o anúncio de algum ungido
submisso aos ucasses do chefe. Parece que vai ser assim nos demais
estados, pois a palavra do Lula é renovação. Mas não seria depuração?
Expurgo?
• Para reinar absoluto, o Lula não hesitou em mandar embora Wladimir
Palmeira, de forma parecida como a de que Stalin mandou embora Leon
Trotski: para o exílio, ainda bem que sem a picareta de Ramon Mercader.
José Genoíno está para Bukárin tanto quanto José Dirceu, sempre fieis, mas
no fim fuzilados. Haverá um Béria nessa comparação? Dizem que
fisicamente Rui Falcão parece-se com o todo-poderoso chefe da NKVD.
Dilma segue o figurino de Molotov, porque integra a corte do nosso csar dos
trópicos, engolindo ordens e decisões que gostaria de não adotar. Para os
otimistas, o guia genial dos povos não perde por esperar. Logo surgirá um
Kruschev, que não sabemos quem será.
• Em suma, conclui-se hoje pelo aniquilamento dos últimos vestígios do
espírito revolucionário do PT, trocado pela burocracia a serviço de Stalin,
perdão, do Lula, que no Comitê Central ninguém ousa contraditar, com
medo do expurgo ou da depuração, melhor corrigindo, da renovação porque
se ela não nos diz o que fazer, sempre apontará o que devemos evitar...
(Carlos Chagas)
E agora, associações de juízes entram no STF contra restrição a patrocínios
• As associações dos Juízes Federais (Ajufe), dos Magistrados Brasileiros
(AMB) e dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) entraram com
um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para
derrubar a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que limitou o
valor de patrocínios a eventos de magistrados.
• A ação chegou ao STF na sexta-feira (26) com pedido para que seja
distribuído ao ministro Celso de Mello. Isso porque ele já é relator de
processo em que a Associação Nacional dos Magistrados Estaduais
(Anamages) questiona a resolução, que reduziu o patrocínio de empresas a
eventos em, no máximo, 30% dos custos totais.
• A resolução foi aprovada em fevereiro, em sessão comandada pelo
ministro Joaquim Barbosa, que preside o STF e o CNJ.
• As associações de juízes alegam que a resolução foi aprovada de maneira
irregular, pois elas não tiveram a oportunidade de se manifestar antes da
votação no CNJ.
• As entidades argumentam ainda que a resolução fere o direito de livre
associação e de reunião dos juízes. Por fim, sustentam que as restrições aos
eventos prejudicam a formação dos magistrados.
• A medida também trará repercussões negativas diretas e imediatas na
formação e preparação dos magistrados, dizem as entidades na ação.
• Em razão de restrições financeiras dos entes públicos, os cursos oficiais
ainda são de alcance e periodicidade restritos, cabendo às associações, com
seus eventos científicos, o importante papel de desenvolver e fomentar o
trabalho de aperfeiçoamento científico dos magistrados, completam.
Aconteceu na França, em torno de 1700...
• Você quer saber a motivação da nova legislação do Trabalho Doméstico?
• Você, certamente, não têm dúvida que é uma forma de tributação, já que
a Justiça Social é feita com o seu dinheiro.
• Tanto que, para efeito de Imposto de Renda, você não abate das suas
receitas o que gasta com empregado doméstico.
• Então veja como é antigo esse tratamento dado pelo Governo à Classe
Média.
• Uma aula de Política.
• Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, na peça
teatral Le Diable Rouge, de Antoine Rault:
Colbert: - Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o
contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me
explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado
até o pescoço …
Mazarino: - Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai
parar na prisão. Mas o Estado é diferente!!! Não se pode mandar o Estado
para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o
fazem!
Colbert: - Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criamos todos os impostos
imagináveis?
Mazarino: - Criando outros!
Colbert: - Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: - Sim, é impossível.
Colbert: - E sobre os ricos?
Mazarino: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que
gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: - Então, como faremos?
Mazarino: - Colbert! Tu pensas como um penico de doente! Há uma
quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham
sonhando enriquecer e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos
lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes
tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam
um reservatório inesgotável. É a classe média!
Protótipo do Trem Bala SP-RJ-SP em fase de testes
• Com um investimento monumental, finalmente o Trem Bala do PT vai sair.
• Mais o apoio do Eike Batista é claro, tecnologia dos equipamentos
japonesa e trilhos chineses (imbatíveis em preço e qualidade).
Lula colunista
• Leitora protesta contra agência do New Yorl Time.
• Pois é… depois que a agência do jornal decidiu distribuir mensalmente um
texto assinado por Lula - mas jamais escrito por ele, não importa o idioma -,
o jornal começou a receber mensagens de protesto, como esta, que segue,
publicada com uma resposta esclarecedora. Um ou outro hão de gritar: Olha o preconceito ali, lembrando que o petista não concluiu ensino
fundamental…. O ponto é outro: a questão é saber se Lula será o autor do
texto distribuído. E todos sabem que não. Seguem a carta e a resposta.
A carta
• Sou brasileira e moro nos Estados Unidos, em Nova York, desde 2010.
Estou realmente chocada e surpresa com o fato de um jornal com tamanha
influência e informação ter [entre os colunistas] Lula, do Brasil, um
presidente que mal concluiu o ensino fundamental. Estou certa de que todo
mundo sabe que sua reputação, no Brasil, está desabando. Nos últimos dois
anos, o seu partido e ele próprio foram alvos de muitas investigações
criminais, e muitos de seus principais colaboradores foram condenados,
neste ano, pelo Poder Judiciário no Brasil.
• É lamentável! E o mais lamentável é um jornal como o New York Times
dar algum crédito a um político decadente como esse. Não entendo.
Resposta do NYT
• Obrigado por sua mensagem. O ex-presidente Lula não está escrevendo
uma coluna para o Times. Ele está escrevendo uma coluna para a Agência
do Times, que têm clientes em todo o mundo e vende seus serviços para
outros veículos. O Times tem muitos outros colunistas como o presidente
Lula, cujos textos são vendidos por intermédio do Times, como Richard
Branson, Noam Chomsky, Mikhail Gorbachev e Jack Welch. Basicamente, o
Times pega seus textos, molda-os em artigos e os oferece aos clientes. O
presidente Lula não aparecerá regularmente nas páginas do Times ou do nytimes.com. Mais uma vez, obrigado por escrever.
Todos os profetas armados venceram e os desarmados foram destruídos.
(Niccolo Maquiavel)
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