1 de out. de 2012

Cuide de seu comportamento.

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. Favelas do Rio pacificadas têm 13% da população das classes A e B.
. Exército, por segurança, ocupa comunidades do Rio para garantir segurança das eleições.
. Governo vai monitorar tarifas bancárias para evitar abusos.
. Lotéricas terão que emitir um recibo para os bolões.
. Imposto maior para importar produtos entra em vigor. São cem itens. Brasil diz que medida é contra crise. EUA falam em protecionismo.
. Mensalão tem semana decisiva no STF. Ministros concluem votos sobre envolvimento da base aliada no processo e iniciam julgamento de José Dirceu, do ex-presidente nacional do PT José Genoino e do ex-tesoureiro da legenda Delúbio Soares.
. Mercado eleva projeção para a inflação. De acordo com a pesquisa Focus, analistas elevaram a projeção para a inflação de 5,35% a 5,36% em 2012.
. Ministro Joaquim Barbosa nega habeas-corpus ao goleiro bruno e continuará preso.
. Asilos públicos no Rio são insuficientes para seus idosos. Segundo mais velho do país, Estado tem 30% dos idosos internados em emergências.
. Em São Paulo, mais de 200 são mortos pela PM em 2012. Número representa aumento se comparado a 2011; mortes podem aumentar no segundo semestre.
. Venda de automóveis cai 31,5%.
. Dilma participará da Cúpula América do Sul-Países Árabes.
. Lixeiros catam dejetos em rapel no Rio, escalando encostas do morro para limpar a cidade para a Copa do Mundo.
. Senado anuncia retomada das votações a partir de 16 de outubro.
. Pivô da Seleção Brasileira de handebol sofre derrame na Eslovênia.
. Envelhecimento cria desafio para a China. Até 2050, mais de um quarto dos chineses terá mais de 65 anos; gráficos da BBC mostram projeções para a maior população do planeta.
Photobucket . Espanhol abandonou monastério após passar infância como lama budista. Levado ao dois anos para a Índia, Osel Hita Torres trocou 'destino sagrado' para viver em Ibiza.
. Aquecimento encolhe peixes. Redução de nível de oxigênio pode afetar tamanho de animais, diz pesquisa.
. Morre aos 95 anos o historiador marxista Eric Hobsbawm. Intelectual é um dos maiores do séc. XX morreu em Londres.
. ONU: Sul-americanos condenam bloqueio dos EUA a Cuba.
 
A hora da saideira
Photobucket  • Na semana passada, li um artigo do professor Marco Antonio Villa, que não conheço pessoalmente, mostrando, em última análise, como a era Lula está passando, ou até já passou quase inteiramente, o que talvez venha a ser sublinhado pelos resultados das eleições. Achei-o muito oportuno e necessário, porque mostra algo que muita gente, inclusive os políticos não comprometidos diretamente com o ex-presidente, já está observando há algum tempo, mas ainda não juntou todos os indícios, nem traçou o panorama completo.
O PT que nós conhecíamos, de princípios bem definidos e inabaláveis e de uma postura ética quase santimonial, constituindo uma identidade clara, acabou de desaparecer depois da primeira posse do ex-presidente. Hoje sua identidade é a mesma de qualquer dos outros partidos brasileiros, todos peças da mesma máquina pervertida, sem perfil ideológico ou programático, declamando objetivos vagos e fáceis, tais como vamos cuidar da população carente, investiremos em saneamento básico e saúde, levaremos educação a todos os brasileiros e outras banalidades genéricas, com as quais todo mundo concorda sem nem pensar. No terreno prático, a luta não é pelo bem público, nem para efetivamente mudar coisa alguma, mas para chegar ao poder pelo poder, não importando se com isso se incorre em traição a ideais antes apregoados com fervor e se celebram acordos interesseiros e indecentes.
A famosa governabilidade levou o PT, capitaneado por seu líder, a alianças, acordos e práticas veementemente condenadas e denunciadas por ele, antes de chegar ao poder. O todo mundo faz passou a ser explicação e justificativa para atos ilegítimos, ilegais ou indecorosos. O presidente, à testa de uma votação consagradora, não trouxe consigo a vontade de verdadeiramente realizar as reformas de que todos sabemos que o Brasil precisa - e o PT ostentava saber mais do que ninguém. No entanto, cadê reforma tributária, reforma política, reforma administrativa, cadê as antigas reformas de base, enfim? O ex- presidente não foi levado ao poder por uma revolução, mas num contexto democrático e teria de vencer sérios obstáculos para a consecução dessas reformas. Mas tais obstáculos sempre existem para quem pretende mudanças e, afinal, foi para isso que muitos de seus eleitores votaram nele.
O resultado logo se fez ver. Extinguiu-se a chama inovadora do PT, sobrou o lulismo. Mas que é o lulismo? A que corpo de ideias aderem aqueles que abraçam o lulismo? Que valores prezam, que pretendem para o País, que programa ou filosofia de governo abraçam, que bandeiras desfraldam além do bolsa família (de cujo crescimento em número de beneficiados os governantes petistas se gabam, quando o lógico seria que se envergonhassem, pois esse número devia diminuir e não aumentar, se bolsa família realmente resolvesse alguma coisa) e de outras ações pontuais e quase de improviso? É forçoso concluir que o lulismo não tem conteúdo, não é nada além do permanente empenho em manter o ex-presidente numa posição de poder e influência. O lulismo é Lula, o que ele fizer, o que quiser, o que preferir.
Isso não se sustenta, a não ser num regime totalitário ou de culto à personalidade semirreligioso. No momento em que o ex-presidente não for mais percebido como detentor de uma boa chave para posições de prestígio, seu abandono será crescente, pois nem mesmo implica renegar princípios ou ideais. Ele agora é político de um partido como qualquer outro e, se deixou alguma marca na vida política brasileira, esta terá sido, essencialmente, a tal visão pragmática, que na verdade consiste em fazer praticamente qualquer negócio para se sustentar no poder e que ele levou a extremos, principalmente considerando as longínquas raízes éticas do PT. Para não falar nas consequências do mensalão, cujo desenrolar ainda pode revelar muitas surpresas.
O lulismo, não o hoje desfigurado petismo, tem reagido, é natural. Os muitos que ainda se beneficiam dele obviamente não querem abdicar do que conquistaram. Mas encontram dificuldades em admitir que sua motivação é essa, fica meio chato. E não vêm obtendo muito êxito em seus esforços, porque apoiar o lulismo significa não apoiar nada, a não ser o próprio Lula e seu projeto pessoal de continuar mandando e, juntamente com seu círculo de acólitos, fazendo o que estiver de acordo com esse projeto. Chegam mesmo à esquisita alegação de que há um golpe em andamento, como se alguém estivesse sugerindo a deposição da presidente Dilma. Que golpe? Um processo legítimo, conduzido dentro dos limites institucionais? Então foi golpe o impeachment de Collor e haverá golpe sempre que um governante for legitimamente cassado? Os alarmes de golpe, parecendo tirados de um jornal de 30 ou 40 anos atrás, são um pseudoargumento patético e até suspeito, mesmo porque o ex-presidente não está ocupando nenhum cargo público.
É triste sair do poder, como se infere da resistência renhida, obstinada e muitas vezes melancólica que seus ocupantes opõem a deixar de exercê-lo. O poder político não é conferido por resultados de pesquisas de popularidade; deve-se, em nosso caso presente, aos resultados de eleições. O lulismo talvez acredite possuir alguma substância, mas os acontecimentos terminarão por evidenciar o oposto dessa presunção voluntarista. Trata-se apenas de um homem - e de um homem cujas prioridades parecem encerrar-se nele mesmo. Mas sua saída de cena não deverá ser levada a cabo com resignação. Ele insistirá e talvez ainda o vejamos perder outra eleição em São Paulo. Não a do Haddad, que aparentemente já perdeu. Mas a dele mesmo, depois que o mundo der mais algumas voltas e ele quiser iniciar uma jornada de volta ao topo, com esse fito candidatando-se à Prefeitura de São Paulo. (João Ubaldo Ribeiro)
 
Recordando Hebe

"Não fales bem de ti aos outros, pois não os convencerás. Não fales mal, pois te julgarão muito pior do que és." (Confúcio)

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