20 de mar. de 2012

Uma resposta desproporcional

Photobucket • Eu devo ter me distraído e perdi. Você sabe sobre o que falo: a cobertura jornalística dada à chuva de mísseis e morteiros que foram disparados contra Israel neste último final de semana, a partir de Gaza e que fez com que mais de um milhão de cidadãos do Sul corresse a buscar guarida nos abrigos antiaéreos. À você, o fato poderia parecer interessante, afinal um ataque de mais de 200 mísseis e morteiros sempre chama a atenção. Entretanto, não foi o que ocorreu, pelo menos para a mídia mundial- esta, com certeza, parecia estar em pleno período de férias coletivas. É comum que quaisquer respostas de Israel em defesa de seus cidadãos provoquem a condenação mundial a dominar as manchetes das primeiras páginas dos jornais. Palavras como resposta desproporcional são imediatamente transformadas em Israel continua a atacar Gaza, e conseguem deste modo causar inúmeras respostas bem mais agressivas que as de (*)John McEnroe, em sua época de ouro!
• Por vezes, eu mesma chego a pensar que a mídia internacional é culpada por esta comunicação desproporcional.
• Uma coisa é certa: vivemos em um mundo às avessas. A ironia da Síria condenando veementemente a resposta de Israel e seu apelo à comunidade internacional a que emita imediatamente sanções contra Israel é no mínimo, risível. Um pedido vindo simplesmente  de um regime que durante as últimas semanas vem causando um massacre de civis poucas vezes visto em toda a história.
• Examinemos os fatos por um minuto: Um milhão de cidadãos israelenses escondidos em abrigos antiaéreos. Duzentas mil crianças impedidas de ir à escola, pelo perigo que o fato representa. Certamente somos o único país do mundo a cancelar aulas, por conta de foguetes, e não por nevascas!
• A falta de interesse exibidos pela mídia mundial, entretanto, não é novidade. Dois pesos e duas medidas parecem compor a ordem do dia, quando se trata dos relatórios sobre Israel. Porém, na era das redes sociais, quando um simples espirro merece um tweeter, parece que o campo de batalha da mídia se encontra em constante mudança no que se refere à esfera social média. Ninguém expressou melhor o momento atual que o Presidente Shimon Peres, ao afirmar, que os judeus, foram durante algum tempo conhecidos como o Povo do Livro, mas que agora, nos tornamos o Povo do Facebook.
• É aqui que precisamos seriamente aplaudir não só os esforços feitos pelas autoridades militares e governamentais, mas, e acima de tudo os realizados pelos cidadãos comuns.
• Na semana passada, os israelenses, postaram tweetaram e como ninguém, compartilharam suas vidas, como se suas vidas dependessem disso! E, de algum modo, dependem! Quando mostrar Israel através de uma câmara de TV se torna uma imagem tão rara quanto à de um leopardo na neve, cabe a nós, meros cidadãos normais, levar as notícias às massas! Neste caso, vale tudo: captar fotos da situação, mostrar o Domo de Ferro em ação, a interceptação dos mísseis, tudo é válido se a mensagem for coesa! Porque se a mídia do mundo não pretende contar a nossa história, nós o faremos!
• Contaremos tudo, sobre o trauma experimentado por nossos filhos, ao correr para as áreas protegidas. Nós lhes diremos como lhes assusta cada estrondo e cada ruído alto dos bombardeios. E não iremos parar por aí: Diremos a todos como eles aprendem canções nos jardim de infância, que lhes explicam o que fazer? Quando ouvirem as sirenes, quando seus coraçõezinhos baterem mais forte!
• Falaremos também sobre a ansiedade de seus pais, e como freneticamente procuram eles por áreas seguras, na esperança de ter seus filhos protegidos. Diremos e explicaremos como explicamos a estes inocentes, o que significam abrigos contra bombas e máscaras contra gases venenosos. Isto mesmo: máscaras contra gases e abrigos tornaram-se para nós, assuntos corriqueiros, como manter a direita na estrada ou falar hebraico.
• Iremos contar a todos, como alguns cidadãos que vivem em cidades próximas a Gaza tem apenas 15 segundos para alcançar o mais próximo abrigo antiaéreo que encontrarem. Conte para si mesmo, 15 segundos! E agora, pergunte se for capaz de encontrar respostas? O que consegue fazer em apenas..... 15 segundos!
• Mas não se iludam! Iremos dizer a todos que apesar dos foguetes e morteiros com que nossos inimigos tentam nos atingir, para nos destruir,  A vida continua!
• Somos uma nação que não só reverencia a vida, mas que a celebra! Na semana que passou muitos celebraram seus casamentos em chupot de concreto armado! Outros continuaram a festejar Esther e a ler a Meguilá de Purim, enquanto lá fora, as sirenes ecoavam....
• E lhes diremos também, que muitas vezes devemos ir à busca destes abrigos, mas que definitivamente, não estamos vencidos! Saberemos lhes dar respostas, igualmente desproporcionais. Combateremos o terror com resiliência, celebrações e jamais com uma esperança de paz, nebulosa.
• Somos Israel, e esta é a nossa verdade! (Rolene Marks)
(*) Tenista de renome internacional, famoso por seu comportamento extremamente temperamental, e por xingar os juízes.

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