30 de set. de 2011

Família, a base da sociedade que balança

A dor que dói mais
• Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
• Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
• Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
• Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
• Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
• Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer. (Martha Medeiros)
Waldir Pires apoia Eliana Calmon: "Existem desonestos, sim"
• O ex-ministro da Defesa e da Controladoria Geral da União (CGU), Waldir Pires (PT), enviou um telegrama de solidariedade à corregedora nacional do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Eliana Calmon, apoiando as declarações da magistrada sobre a existência de bandidos no Judiciário.
Existem desonestos em todos os poderes da República, sim. Sempre existiram. É preciso combater eficazmente a corrupção em todos eles sempre insistentemente e com a participação da sociedade por inteiro", afirmou Pires, na mensagem enviada à ministra.
• Em entrevista à APJ (Associação Paulista de Jornais), Eliana Calmon criticou a tentativa de restringir o poder de investigação do CNJ sobre juízes. Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga, atacou. Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ, prosseguiu.
• Presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ, Cezar Peluso organizou uma nota de repúdio à entrevista. Segundo os conselheiros apoiadores do texto, a ministra lançou acusações levianas que, sem identificar pessoas, nem propiciar qualquer defesa, lançam, sem prova, dúvidas sobre a honra de milhares de juízes que diariamente se dedicam ao ofício de julgar com imparcialidade e honestidade.
• Nesta quarta-feira, o STF adiou o julgamento da ação proposta pela AMB (Associação dos Magistrados do Brasil), para limitar o poder de investigação do CNJ.
• Confira a íntegra do telegrama do ex-governador da Bahia Waldir Pires, 84 anos: Ministra Eliana Calmon: quero enviar, digna eminente magistrada e conterrânea, minha palavra de aplauso e solidariedade a suas declarações publicadas hoje na imprensa do País. Corajosas e necessárias para que se assegure ao nosso povo a confiança indispensável no compromisso de caminho da construção da democracia no Brasil. Existem desonestos em todos os poderes da República, sim. Sempre existiram. É preciso combater eficazmente a corrupção em todos eles sempre insistentemente e com a participação da sociedade por inteiro; não tolerar absolutamente a impunidade nas tarefas da administração pública, nos encargos da atividade legislativa e na missão do julgamento judicial das pessoas e dos cidadãos. Aqui, então, missão de honrosíssima e imperdível responsabilidade. Parabéns. Cordial abraço, Waldir Pires. (Claudio Leal)
Cadastro para desconto no IPTU
• A partir de 01 de setembro de 2011, os moradores da cidade do Rio de Janeiro já podem cadastrar seus imóveis para obter um desconto de até 50% no IPTU 2012. Todas as notas fiscais resultantes do pagamento de um serviço – como escolas, cursos de idiomas, laboratórios, salões de beleza e academias – emitidas desde março já estão valendo.
• Para ter direito ao abatimento, o morador deve acessar o site Nota Carioca (www.notacarioca.rio.gov.br), preencher um formulário no link Acesso ao sistema” e obter uma senha. Com ela, poderá ver quantos créditos tem computado em seu CPF. A cada compra de um serviço, o lojista cadastra os dados do consumidor, gerando esses bônus.
• Depois, basta clicar em Indicação de imóvel, do lado esquerdo da tela e digitar o número de inscrição no IPTU. O prazo para o cadastramento do imóvel vai até 30 de Setembro.
• De acordo com a Secretaria municipal de Fazenda, é possível usar os créditos de outros CPFs para aumentar o desconto no imposto. O benefício não é válido para a taxa de lixo.
• A prefeitura recolhe 5% de Imposto Sobre Serviços (ISS). Em cima desse percentual são calculados os 10% de créditos que vão para o consumidor. Por exemplo: de um serviço que custa mil reais, o contribuinte ganha R$5,00 para usar no desconto do IPTU.

"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada." (Ayn Rand, Filósofa Americana)

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