26 de mai. de 2011

A diferença de uma cultura

Lição de vida para o Ocidente
° A carta abaixo foi escrita por um imigrante vietnamita que é policial no Japão (Fukushima). Foi enviada a um jornal em Shangai que traduziu e publicou. Recebi essa tradução, com a nota de ter sido traduzida o mais fielmente possível ao texto original.

Querido irmão,
• Como estão você e sua família? Estes últimos dias têm sido um verdadeiro caos. Quando fecho meus olhos, vejo cadáveres e quando os abro, também vejo cadáveres.
• Cada um de nós está trabalhando umas 20 horas por dia e mesmo assim, gostaria que houvesse 48 horas no dia para poder continuar ajudar e resgatar as pessoas.
• Estamos sem água e eletricidade e as porções de comida estão quase a zero. Mal conseguimos mudar os refugiados e logo há ordens para mudá-los para outros lugares.
• Atualmente estou em Fukushima – a uns 25 quilômetros da usina nuclear. Tenho tanto a contar que se fosse contar tudo, essa carta se tornaria um verdadeiro romance sobre relações humanas e comportamentos durante tempos de crise.
• As pessoas aqui permanecem calmas – seu senso de dignidade e seu comportamento são muito bons – assim, as coisas não são tão ruins como poderiam. Entretanto, mais uma semana, e não posso garantir que as coisas não cheguem a um ponto onde não poderemos dar proteção e manter a ordem de forma apropriada.
• Afinal de contas, eles são humanos e quando a fome e a sede se sobrepõem à dignidade, eles farão o que tiver que ser feito para conseguir comida e água. O governo está tentando fornecer suprimentos pelo ar enviando comida e medicamentos, mas é como jogar um pouco de sal no oceano.
• Irmão querido, houve um incidente realmente tocante que envolveu um garotinho japonês que ensinou a um adulto como eu uma lição de como se comportar como verdadeiro ser humano.
• Ontem à noite fui enviado para uma escola infantil para ajudar uma organização de caridade a distribuir comida aos refugiados.
• Era uma fila muito longa. Vi um garotinho de uns 9 anos. Ele estava usando uma camiseta e um par de shorts.
• Estava ficando muito frio e o garoto estava no final da fila. Fiquei preocupado se, ao chegar sua vez, poderia não haver mais comida. Fui falar com ele. Ele disse que estava na escola quando o terremoto ocorreu. Seu pai trabalhava perto e estava se dirigindo para a escola. O garoto estava no terraço do terceiro andar quando viu a tsunami levar o carro do seu pai.
• Perguntei sobre sua mãe. Ele disse que sua casa era bem perto da praia e que sua mãe e sua irmãzinha provavelmente não sobreviveram. Ele virou a cabeça para limpar uma lágrima quando
perguntei sobre sua família.
• O garoto estava tremendo. Tirei minha jaqueta de policial e coloquei sobre ele. Foi ai que a minha bolsa de comida caiu. Peguei-a e dei-a a ele. - Quando chegar a sua vez, a comida pode ter acabado. Assim, aqui está a minha porção. Eu já comi. Por que você não come?
• Ele pegou a minha comida e fez uma reverência. Pensei que ele iria comer imediatamente, mas ele não o fez. Pegou a bolsa de comida, foi até o início da fila e colocou-a onde todas as outras comidas estavam esperando para serem distribuídas.
• Fiquei chocado. Perguntei-lhe por que ele não havia comido ao invés de colocar a comida na pilha de comida para distribuição. Ele respondeu: - Porque vejo pessoas com mais fome que eu. Se eu colocar a comida lá, eles irão distribuir a comida mais igualmente.
• Quando ouvi aquilo, me virei para que as pessoas não me vissem chorar.
• Uma sociedade que pode produzir uma pessoa de 9 anos que compreende o conceito de sacrifício para o bem maior deve ser uma grande sociedade, um grande povo.
• Envie minhas saudações a sua família. Tenho que ir, meu plantão já começou.
Ha Minh Thanh

10 coisas a serem aprendidas com o Japão

A calma
Nenhuma imagem de gente se lamentando, gritando e reclamando que havia perdido tudo. A tristeza por si só já bastava.
A dignidade
Filas disciplinadas para água e comida. Nenhuma palavra dura e nenhum gesto de desagravo.
A habilidade
Arquitetos fantásticos, por exemplo. Os prédios balançaram, mas não caíram.
A solidariedade
As pessoas compravam somente o que realmente necessitavam no momento. Assim todos poderiam comprar alguma coisa.
A ordem
Nenhum saque a lojas. Sem buzinaço e tráfego pesado nas estradas. Apenas compreensão.
O sacrifício
Cinqüenta trabalhadores ficaram para bombear água do mar para os reatores da usina de Fukushima. Como poderão ser recompensados?
A ternura
Os restaurantes cortaram pela metade seus preços. Caixas eletrônicos deixados sem qualquer tipo de vigilância. Os fortes cuidavam dos fracos.
O treinamento
Velhos e jovens, todos sabiam o que fazer e fizeram exatamente o que lhes foi ensinado.
A imprensa
Mostraram enorme discrição nos boletins de notícias. Nada de reportagens sensacionalistas com repórteres imbecis. Apenas reportagens calmas dos fatos.
A consciência
Quando a energia acabava em uma loja, as pessoas recolocavam as mercadorias nas prateleiras e saiam calmamente.

Entrevista
Independente de como você se sente a respeito das leis sobre desarmamento, você vai gostar muito dessa rápida entrevista! Esta é uma das melhores respostas de todos os tempos. É uma parte de uma entrevista da Rádio Pública Nacional (NPR) cedida a uma radialista pelo General Reinwald, comandante do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (Marines), que estava prestes a receber uma tropa de escoteiros em visita à sua instalação militar.
• Gen. Reinwald, o que sua corporação irá ensinar a estes jovens meninos enquanto visitam sua base?
° - Nós vamos ensinar-lhes alpinismo, canoagem, arco-e-flecha e a atirar.
• Atirar! Isso me parece um tanto irresponsável, não é?
° - Eu não vejo porque; eles serão adequadamente supervisionados no estande de rifle.
• Você não admite que esta é uma atividade terrivelmente perigosa para ser ensinada a crianças?
° - Eu não vejo como. Nós daremos as aulas apropriadas de rifle antes mesmo que toquem uma arma de fogo.
• Mas você não estará capacitando-os para que se transformem em assassinos violentos?
° - Bem, moça, você é plenamente equipada para ser uma prostituta, mas você não é uma, é?
Fez-se silêncio e a entrevista foi encerrada.

Se ainda nem decidiram onde será a abertura da copa de 2014, imagina um vídeo promocional...
• Vídeo promocional da Copa do Mundo de 2018 na Rússia
• Vocês viram algum vídeo nosso... promovendo 2014?
• E nós, brasileiros, o que estamos fazendo para 2014?
• Ainda não sabemos todos os locais da competição, a forma de financiamento dos estádios necessários, o que fazer com os aeroportos e como diminuir a fragilidade do sistema elétrico, etc...
• Assista o vídeo, veja os estádios e quando ficarão prontos! Veja os meios de transporte: aviões, trem bala e os aeroportos! E aqui?
• Olhe que espetáculo de vídeo.

"Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários." (1 Coríntios 12:22)

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