20 de set. de 2010

Manifesto a favor da Fitoterapia I

Algo se esconde por trás da Globo e do Dr. Dráuzio? A Indústria Farmacêutica Mundial?

Photobucket Meu nome é Degmar Ferro, sou médico há 25 anos, cardiologista e intensivista, acupunturista e homeopata, formado pela Unesp-Botucatu e com residência médica na USP - Rib. Preto, autor de livro sobre Fitoterapia pela Editora Atheneu, e estou muito perplexo, como muitos, pelo quadro que se iniciará no fantástico sob a responsabilidade do Dr. Dráuzio Varella, médico de renome e muito respeito, que segundo entrevista publicada recentemente na revista época, e agora em rede aberta, tentará destruir (a nosso ver) todo esforço de décadas que vem se fazendo para que a fitoterapia possa ser utilizada em escala pública (tanto para ricos como pobres) com grandes benefícios para todos (exceto para indústria farmacêutica que não seja ética), quando forem dadas as melhores condições possíveis de aplicabilidade ética .
Photobucket Um espaço se abriu no governo, no esforço de muitos, até por recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde), focando os países pobres e em desenvolvimento, para que um sistema de utilização da fitoterapia se inicie na saúde pública, com correções e ajustes subsequentes, na medida da necessidade de adequação e segurança, com ampla discussão por classes especializadas.
Photobucket A pretexto das distorções que se apresentam no Brasil como um todo, assim como em todos os sistemas terapêuticos, e em todos países, tentará o médico de renome em questão, se for mantida a coerência da entrevista recente na revista época, desmerecer esta área terapêutica maravilhosa, culturalmente nata no nosso país pobre, que tem a maior biodiversidade do planeta.
Photobucket Aliás isto já aconteceu outrora, no século passado, quando do desenvolvimento inicial da indústria farmacêutica, que relegou para último plano a sabedoria e conhecimento dos usos terapêuticos das plantas medicinais e recursos naturais, a pretexto de ter encontrado o elixir de cura de todos os males no isolamento e síntese dos diversos grupos químicos. Não é a realidade que encontramos no modelo de medicina cada vez mais cara, sofisticada e elitizada, sem sanar grande parte dos males que nos afligem, a não ser paliativamente.
Photobucket Ninguém em sã consciência pode negar e deixar de usar os avanços diagnósticos da ciência atual, a vitória contra muitas epidemias com as vacinas de massa, a diminuição drástica de mortalidade por doenças infecto-contagiosas com os antibióticos, as curas espetaculares com técnicas invasivas em diversos campos (em especial na cardiologia), clonagem de células na recuperação de tecidos degenerados, engenharia genética, entre muitos outros avanços, porém não podemos deixar de ver que existe uma lacuna imensa de doenças crônicas cuidadas apenas paliativamente, por conta de nosso afastamento das leis naturais e dos recursos naturais, entre os quais vamos encontrar como a mais antiga e mãe de todas, a Fitoterapia.
Photobucket A experiência multimilenar (na Índia, China, etc.) e secular no Brasil será (como o foi na revista) pretensamente jogada no lixo como crendice, distorção e enganação, quando não como charlatanismo, por não se enquadrar no modelo de validação de custo milionário de investigação cartesiana (puramente estatística e com variáveis tão somente organicistas e materialistas) onde só quem tem o grande poder aquisitivo pode fazê-lo (as indústrias, grandes laboratórios, etc.) e o fazem somente quando convém aos seus próprios interesses e não ao progresso comum ao todo.
Photobucket Todos os que acreditam neste método terapêutico natural e o usam, mesmo que sérios e éticos (respeitando-se todos os riscos de toxicidade e interação já estudados farmacologicamente), serão tidos como idiotas e a esperança do povo morta...a esperança de ver seu governo e seus médicos organizando, estudando e adequando aquilo que lhe é de direito cultural nos seus anseios. A esperança de ver corrigido os mitos, as distorções e abusos, com estudos (adequados à nossa realidade) e que lhes garantam um mínimo de segurança, sem tirar-lhes o direito de utilizar-se de sua cultura como patrimônio valioso inalienável e a oportunidade de poder se tratar com recursos simples e naturais, de forma acessível, validados pela experiência de muitas nações que se perde no tempo.
Photobucket A impossibilidade financeira e de interesses (públicos e industriais) de validarmos com estudos clínicos multimilionários os 99,9% de recursos naturais existentes em nosso país, não pode mais ser motivo de sermos chamados tolos ou charlatães por querermos numa terapêutica mais natural também fazermos uma medicina mais humana, não só baseada em evidências, mas sobretudo "baseada no amor ao próximo", buscando de todas as formas que nos for possível, o alicerce seguro para nossas ações e construções futuras.
Photobucket Como fomos chamados de idiotas, e sem nos ofendermos com isto, pois não nos sentimos assim, reservamo-nos pelo menos no direito de dizer ao Dr. Dráuzio e aos que compartilham com ele nesta cruzada contra a Fitoterapia, que apesar de rico em cultura, conhecimento, fama e talvez em recursos financeiros, mostra-se muito pobre em sabedoria em não respeitar as verdades e ideais dos outros, naquilo que ainda lhe escapa ao entendimento cerebral, muito estreito e limitado quando olhamos todos dos primeiros degraus no pensamento humano, o todo do conhecimento universal ainda a ser desbravado (e isto só se fará com muita humildade, sem arrogância científica).
Photobucket Este desrespeito se concretiza ao publicar em revista de renome e em rede aberta de tv a sua verdade científica, numa ciência que não raro se vê na condição de ter de reconhecer reiteradamente como mentira o que tinha afirmado como verdade certa (vejamos os exemplos comuns de medicamentos que foram aprovados pelo FDA como cura, verdade, segurança e depois desaprovados como risco e enganos).
Photobucket O paradigma de compreensão e estudo, antes de aniquilar os que pensam diferente, precisa ser eticamente ampliado em variáveis novas, com redução de custos, com isenção de interesses, com a compreensão de outros campos de entendimento global do ser, mas sobretudo com amor a tudo e ao todo.
Photobucket Seria muito digno, se o meu colega médico Dr. Dráuzio, a meu modo simples de ver, se limitasse com todas as forças de persuasão que possui no respeito público que conquistou com seus próprios méritos, de apenas mostrar e corrigir as distorções sabidamente existentes no sistema em questão, evitando os abusos e os riscos de desinformação, e lutando por aprimorá-lo, se assim tivesse interesse. Mas perde a oportunidade de ajudar, causando pelo contrário, o desserviço do recuo imediato daqueles que estão se alistando (ainda sem a convicção da experiência) no desenvolvimento deste campo imenso de possibilidades, quando publica em revista que, aqueles que confiam no aprimoramento do método fitoterápico, são verdadeiros idiotas por quererem conhecer, utilizar, desenvolver e estudar o que temos de mais rico em nosso pais (em cultura e biodiversidade) sem depender da indústria de interesses nem sempre felizes.
Photobucket Os protestos de conselhos de classe, associações, entidades ligadas à Fitoterapia, instituições de pesquisa, usuários fiéis que se curaram com a Fitoterapia (na falha do convencionalmente aceito) se multiplicam por todo país, numa nação democrática que somos e a mais rica em plantas medicinais do planeta.
Photobucket Eis então o meu protesto legítimo, de direito, que quero enviar para OGlobo, Revista Época, Anvisa e todos os órgãos afins, antes da série Serve Para Quê? no programa Fantástico-Globo já neste domingo, e sem perder o respeito por tudo que o Dr. Dráuzio já fez pelo nosso país em termos de orientações e esclarecimentos nos diversos quadros sobre saúde que apresentou na globo.
Photobucket Espero que todos que compartilham com esta idéia e com este ideal, se juntem ao manifesto global, para que nesta triste oportunidade que o Dr. Dráuzio nos proporciona, possamos manter o direito de aprimorarmos nossas escolhas terapêuticas (como médicos e pacientes) dentro da ética e do respeito mútuo, sob as bençãos de Deus, dando sustentabilidade à iniciativa governamental tão esperada no campo da Fitoterapia. (Degmar Ferro)

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